Publicidade
Publicidade
07/08/2001
-
04h11
da Folha de S.Paulo, no Rio
O piloto Ronaldo Ribeiro mal conseguia nadar após o acidente com o helicóptero do grupo Pão de Açúcar em Maresias. Ele sentia fortes dores por causa do deslocamento de um dos braços.
Ribeiro chegou a se queixar das dores ao co-piloto Luís Roberto Cintra, quando ambos estavam na água tentando chegar à praia de Maresias. O piloto acabou morrendo afogado, assim como a modelo Fernanda Vogel.
Cintra, que não quer falar em público sobre o acidente, já desabafou com amigos sobre os momentos mais trágicos da noite de 27 de julho.
Segundo esses amigos, que também conheciam Ribeiro e que pediram para não ser identificados, o piloto havia machucado o braço tempos antes do acidente. O deslocamento não chegava a incomodar na condução do helicóptero, mas tornou-se insuportável quando ele foi obrigado a nadar para tentar sobreviver. Cintra não comentou com esses amigos se Ribeiro chegou a perder o controle, como declarou o empresário João Paulo Diniz em entrevista à "Veja".
Muito abalado, Cintra evita falar sobre as causas da queda do helicóptero. Os amigos também não pressionam. O relato do co-piloto torna-se mais preciso no momento posterior ao acidente, quando ele, Ribeiro, Fernanda e João Paulo já estavam na água. Chovia muito e a escuridão era completa.
O co-piloto confirma que foi mesmo idéia de João Paulo retirar a roupa para facilitar o nado. Ele disse que, após o helicóptero ter afundado, todos começaram a nadar ao mesmo tempo em direção à praia, mas que, aos poucos, o grupo foi se dispersando por causa das altas ondas. Foi nesse momento que Cintra ouviu Ribeiro reclamar das dores.
Nadando cachorrinho
Os amigos afirmam que Cintra se emociona com facilidade ao relembrar o acidente e que até hoje não entende como conseguiu sobreviver. Ele era o único que não nadava bem. Enquanto João Paulo, Fernanda e o próprio Ribeiro tentavam chegar à praia nadando "crawl" (nado livre), ele resolveu se virar do único jeito que sabia _nadando "cachorrinho".
Segundo contou a amigos, ao nadar "cachorrinho", Cintra ficou com a cabeça fora da água a maior parte do tempo. A consequência foi um forte torcicolo que o perseguiu por dias.
Quando já havia perdido o contato com o piloto, Cintra encontrou Fernanda. Ela estava sozinha e não nadava. Estava boiando e falava palavras sem sentido. Já completamente exausto e com muito frio, não conseguiu ajudá-la. Sua próxima lembrança é a de estar chegando à areia da praia, literalmente se arrastando.
Co-piloto diz que Ribeiro sentia fortes dores no braço
Publicidade
O piloto Ronaldo Ribeiro mal conseguia nadar após o acidente com o helicóptero do grupo Pão de Açúcar em Maresias. Ele sentia fortes dores por causa do deslocamento de um dos braços.
Ribeiro chegou a se queixar das dores ao co-piloto Luís Roberto Cintra, quando ambos estavam na água tentando chegar à praia de Maresias. O piloto acabou morrendo afogado, assim como a modelo Fernanda Vogel.
Cintra, que não quer falar em público sobre o acidente, já desabafou com amigos sobre os momentos mais trágicos da noite de 27 de julho.
Segundo esses amigos, que também conheciam Ribeiro e que pediram para não ser identificados, o piloto havia machucado o braço tempos antes do acidente. O deslocamento não chegava a incomodar na condução do helicóptero, mas tornou-se insuportável quando ele foi obrigado a nadar para tentar sobreviver. Cintra não comentou com esses amigos se Ribeiro chegou a perder o controle, como declarou o empresário João Paulo Diniz em entrevista à "Veja".
Muito abalado, Cintra evita falar sobre as causas da queda do helicóptero. Os amigos também não pressionam. O relato do co-piloto torna-se mais preciso no momento posterior ao acidente, quando ele, Ribeiro, Fernanda e João Paulo já estavam na água. Chovia muito e a escuridão era completa.
O co-piloto confirma que foi mesmo idéia de João Paulo retirar a roupa para facilitar o nado. Ele disse que, após o helicóptero ter afundado, todos começaram a nadar ao mesmo tempo em direção à praia, mas que, aos poucos, o grupo foi se dispersando por causa das altas ondas. Foi nesse momento que Cintra ouviu Ribeiro reclamar das dores.
Nadando cachorrinho
Os amigos afirmam que Cintra se emociona com facilidade ao relembrar o acidente e que até hoje não entende como conseguiu sobreviver. Ele era o único que não nadava bem. Enquanto João Paulo, Fernanda e o próprio Ribeiro tentavam chegar à praia nadando "crawl" (nado livre), ele resolveu se virar do único jeito que sabia _nadando "cachorrinho".
Segundo contou a amigos, ao nadar "cachorrinho", Cintra ficou com a cabeça fora da água a maior parte do tempo. A consequência foi um forte torcicolo que o perseguiu por dias.
Quando já havia perdido o contato com o piloto, Cintra encontrou Fernanda. Ela estava sozinha e não nadava. Estava boiando e falava palavras sem sentido. Já completamente exausto e com muito frio, não conseguiu ajudá-la. Sua próxima lembrança é a de estar chegando à areia da praia, literalmente se arrastando.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice