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08/08/2001 - 06h04

Prefeitura multa empresas de ônibus em R$ 491 mil

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da Folha de S. Paulo

O grupo Ruas terá que pagar R$ 491 mil à prefeitura por causa da paralisação de motoristas e cobradores de ônibus iniciada anteontem em quatro viações da cidade de São Paulo. O valor representa 21% do valor de multas aplicadas às 53 empresas do sistema no primeiro semestre deste ano.

Os trabalhadores da Penha São Miguel, Talgo, São José e Itaim Paulista, que atendem a zona leste, protestavam contra a falta de pagamento dos salários. Eles decidiram voltar ao trabalho ontem, no final da manhã, depois que os depósitos foram feitos.

"É inadmissível qualquer atraso no pagamento", disse ontem a prefeita Marta Suplicy (PT), que prometeu tratar as viações com "dureza". O empresário José Ruas Vaz é líder do transporte coletivo em São Paulo. Treze empresas são ligadas ao seu grupo, que transporta 30% dos mais de 3 milhões de passageiros de ônibus diários.

Ele também liderou as conversas com Marta para a elaboração do acordo que estabeleceu a elevação da tarifa de R$ 1,15 para R$ 1,40. Em troca, as viações se comprometeram a não atrasar os salários e a colocar mil novos veículos nas ruas até outubro.

Ontem, além das quatro empresas do grupo Ruas, outras três, ligadas ao empresário Romero Niquini, tiveram suas atividades interrompidas em razão da falta de pagamento ou de descontos indevidos nos salários.
Os motoristas e cobradores da Esmeralda e da Vila Rica, da zona oeste da cidade, e da Santo Expedito, da zona sul, cruzaram os braços às 10h30 e só saíram das garagens no final da tarde.

Essas empresas operam com 467 ônibus (5% da frota paulistana) e transportam quase 150 mil passageiros por dia. As multas que elas receberam da prefeitura só serão divulgadas hoje.

Sanções
As quatro viações do grupo Ruas multadas pela prefeitura têm 1.032 veículos e transportam 360 mil usuários diariamente. Elas foram enquadradas no regulamento de sanções e multas, que prevê penalidades pelo descumprimento da quantidade de partidas programadas. As regras desse código estabelecem multas que variam de R$ 54 a R$ 161 para cada faixa de horário em que as viações não ofereceram a totalidade dos ônibus fixada no contrato.

A assessoria de imprensa do Transurb (sindicato das empresas de ônibus) informou ontem que a entidade não iria se pronunciar sobre esse assunto.

 

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