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16/11/2007 - 21h41

Mais uma rebelião em Pernambuco deixa um morto

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

Um preso morreu e três ficaram feridos nesta sexta-feira na terceira rebelião em presídios de Pernambuco nesta semana. Com isso, subiu para cinco o número de mortos em confrontos internos em cadeias do Estado no período.

O último motim foi em Arcoverde (260 km a oeste de Recife). Os detentos, que já haviam feito protesto na quarta-feira, atearam fogo a colchões e destruíram seis celas do único pavilhão do local.

A confusão começou às 11h (12h pelo horário de Brasília) e durou cerca de três horas. No tumulto, um dos presos foi morto a pauladas. Policiais militares invadiram o local e, com a ajuda da segurança interna, controlaram a situação.

Segundo o superintendente de Segurança Penitenciária do Estado, Isaac Viana, a rebelião foi motivada por uma briga entre grupos que disputariam o controle do tráfico de drogas no presídio.

O estopim da briga, afirmou ele, foi a descoberta e apreensão, por policiais, de três quilos de maconha e comprimidos de anfetamina que haviam sido jogados no pátio, por cima do muro, por desconhecidos.

"Não podemos dizer que houve apenas um motivo para o motim", disse Viana. "Trata-se da soma de várias situações, como a superlotação, a morosidade da Justiça e o tráfico de entorpecentes", afirmou.

O presídio de Arcoverde tem capacidade para 117 pessoas, mas abriga 556 detentos. De acordo com Viana, nenhum deles pertencia ao grupo de 78 presos transferidos terça-feira (13) do presídio Aníbal Bruno, foco de um motim que durou três dias e provocou três mortes. "Não há relação entre os casos", declarou.

No motim do Aníbal Bruno, iniciado domingo (11) e controlado terça-feira, 43 pessoas se feriram. Cerca de 2.500 dos 3.930 presos da unidade participaram do tumulto. Seis dos 17 pavilhões do presídio foram depredados e dois, destruídos.

Na quarta-feira (14), adolescentes infratores de uma unidade de internamento, em Abreu e Lima (20 km de Recife) também se rebelaram, após tentativa frustrada de fuga. Um interno de 17 anos foi morto.

O sistema carcerário de Pernambuco, formado por 17 unidades penais com capacidade para 8.278 presos, abriga 17.220 detentos. Neste ano ocorreram seis rebeliões no sistema, com 11 mortes.

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