Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/08/2001 - 10h15

Presos explodem parede de delegacia e 27 serão transferidos

Publicidade

MILENA BUOSI
da Folha Online

Presos do 16º DP (Vila Clementino), na zona sul de São Paulo, explodiram durante a madrugada a parede da delegacia, em uma tentativa de fuga frustrada. Ocorreram duas explosões. A primeira, na parede entre as celas e o lado de fora da delegacia, não causou grandes danos

A segunda, ocorrida do outro lado das celas, deixou um buraco de cerca de 20 centímetros de diâmetro na parede. As explosões ocorreram com pólvora prensada na parede.

"Eles colocaram a pólvora compactada num buraco da parede e ligaram um pavio", disse o delegado titular, Darci Fassi.

Não houve reféns nem feridos. A delegacia abriga 180 presos, mas tem capacidade para 80 detentos, segundo Fassi.

Antes das explosões, policiais receberam telefonemas anônimos de que ocorreria uma fuga, depois um resgate, depois uma explosão. Policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais) foram acionados e impediram a ação dos detentos.

A polícia suspeita ainda na participação de pessoas de fora da carceragem, já que no momento das explosões duas motos e dois carros passaram pelo local. Um dos veículos foi abandonado e apreendido.

Após negociação, os presos entregaram uma lista com nomes de 27 presos que deverão ser transferidos. Segundo o delegado, ele irá analisar os nomes e as mudanças deverão ocorrer até a tarde de amanhã. Segundo Fassi, o buraco já está sendo fechado.

A polícia irá investigar a entrada da pólvora, mas já descarta a participação de funcionários da delegacia.

Segundo o delegado, a carceragem não abriga presos de alta periculosidade. "Quando o preso chega, analisamos sua ficha. Se ele é muito perigoso, já mandamos para o CDP (Centro de Detenção Provisória."

Há cerca de três anos, as grades das celas foram destruídas para que os presos ficassem soltos no pátio interno. "O objetivo era conter a agressividade e, por causa do excesso de população carcerária, tentar dar uma falsa sensação de liberdade", disse Fassi.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página