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15/08/2001
-
20h50
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
O ex-prefeito do Guarujá Ruy Carlos Gonzalez, 47, preso ontem sob a acusação de participar de um assalto a banco, aguardava nesta quarta-feira ser conduzido para um dos pavilhões da cadeia pública da Vila Mirim, o chamado Cadeião da Praia Grande.
Por não possuir diploma universitário, Gonzalez ficará em companhia dos demais detentos. O delegado Cláudio Rossi, diretor da cadeia, disse que, à tarde, o ex-prefeito ainda esperava em uma cela de passagem a confecção da ficha de registro e o exame de corpo de delito.
Segundo ele, devido à superlotação, ao ser transferido para um dos pavilhões, o ex-prefeito ficará no corredor, misturado aos demais presos. "Aqui não tem cela. Eles ficam nos corredores porque não cabem todos nas celas", disse.
A cadeia tem 512 vagas, mas abriga 999 homens. Na madrugada de hoje, os corpos de dois presos foram atirados no pátio. Com esses, são 19 os detentos mortos neste ano na cadeia por outros detentos.
O advogado Ismar Teixeira Cabral afirmou que ingressará hoje no fórum do Guarujá com um pedido de liberdade provisória, já que os crimes pelos quais Gonzalez responde são inafiançáveis.
No pedido, argumentará que o ex-prefeito tem residência fixa, trabalho habitual, renda lícita e é um ex-administrador público. Se não conseguir, Cabral pretende ao menos obter para o cliente a concessão da prisão em cela especial.
Gonzalez foi levado em um caminhão de presos para o Cadeião de Praia Grande às 5h de ontem, depois de ter sido autuado em flagrante no Guarujá por co-autoria nos crimes de roubo, sequestro, cárcere privado e formação de quadrilha
No inquérito policial, ele é acusado de participação no assalto ocorrido ontem à agência do Banespa no centro da cidade, no qual uma policial militar ficou ferida ao levar três tiros, um assaltante morreu e oito foram detidos.
Parte da quadrilha foi presa no interior da mansão do ex-prefeito, na região da praia do Guaiúba. Segundo o delegado titular do Guarujá, Milson Sérgio Calves, a investigação policial apurou que os assaltantes estavam hospedados desde o dia anterior na casa de Gonzalez, onde foram apreendidos fuzis, metralhadoras, pistolas, munição e dinheiro.
"Não conheço, nunca os vi nem sei quem são (os assaltantes). Estava dormindo e fui arrancado da cama por eles. Agora, estão querendo mudar a história como se eu tivesse participação", declarou Gonzalez antes de ser preso.
Ele foi prefeito do Guarujá entre 1993 e 1996. Antes, tinha sido vereador, presidente da Câmara e deputado estadual. Por ter contratado funcionários sem concurso público durante sua gestão, foi processado por improbidade administrativa e condenado no ano passado a um ano e dois meses de prisão em regime aberto, sentença da qual recorreu.
Ex-prefeito do Guarujá vai ser transferido para cela comum
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da Agência Folha, em Santos
O ex-prefeito do Guarujá Ruy Carlos Gonzalez, 47, preso ontem sob a acusação de participar de um assalto a banco, aguardava nesta quarta-feira ser conduzido para um dos pavilhões da cadeia pública da Vila Mirim, o chamado Cadeião da Praia Grande.
Por não possuir diploma universitário, Gonzalez ficará em companhia dos demais detentos. O delegado Cláudio Rossi, diretor da cadeia, disse que, à tarde, o ex-prefeito ainda esperava em uma cela de passagem a confecção da ficha de registro e o exame de corpo de delito.
Segundo ele, devido à superlotação, ao ser transferido para um dos pavilhões, o ex-prefeito ficará no corredor, misturado aos demais presos. "Aqui não tem cela. Eles ficam nos corredores porque não cabem todos nas celas", disse.
A cadeia tem 512 vagas, mas abriga 999 homens. Na madrugada de hoje, os corpos de dois presos foram atirados no pátio. Com esses, são 19 os detentos mortos neste ano na cadeia por outros detentos.
O advogado Ismar Teixeira Cabral afirmou que ingressará hoje no fórum do Guarujá com um pedido de liberdade provisória, já que os crimes pelos quais Gonzalez responde são inafiançáveis.
No pedido, argumentará que o ex-prefeito tem residência fixa, trabalho habitual, renda lícita e é um ex-administrador público. Se não conseguir, Cabral pretende ao menos obter para o cliente a concessão da prisão em cela especial.
Gonzalez foi levado em um caminhão de presos para o Cadeião de Praia Grande às 5h de ontem, depois de ter sido autuado em flagrante no Guarujá por co-autoria nos crimes de roubo, sequestro, cárcere privado e formação de quadrilha
No inquérito policial, ele é acusado de participação no assalto ocorrido ontem à agência do Banespa no centro da cidade, no qual uma policial militar ficou ferida ao levar três tiros, um assaltante morreu e oito foram detidos.
Parte da quadrilha foi presa no interior da mansão do ex-prefeito, na região da praia do Guaiúba. Segundo o delegado titular do Guarujá, Milson Sérgio Calves, a investigação policial apurou que os assaltantes estavam hospedados desde o dia anterior na casa de Gonzalez, onde foram apreendidos fuzis, metralhadoras, pistolas, munição e dinheiro.
"Não conheço, nunca os vi nem sei quem são (os assaltantes). Estava dormindo e fui arrancado da cama por eles. Agora, estão querendo mudar a história como se eu tivesse participação", declarou Gonzalez antes de ser preso.
Ele foi prefeito do Guarujá entre 1993 e 1996. Antes, tinha sido vereador, presidente da Câmara e deputado estadual. Por ter contratado funcionários sem concurso público durante sua gestão, foi processado por improbidade administrativa e condenado no ano passado a um ano e dois meses de prisão em regime aberto, sentença da qual recorreu.
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