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17/08/2001
-
04h14
da Folha de S. Paulo
da Folha Campinas
Segundo o coordenador internacional da campanha contra a poluição industrial do Greenpeace, Marcelo Furtado, casos de contaminação ambiental como o de Mauá não são raros.
Uma indústria de plásticos depositou, entre 1942 e 1953, 22 mil toneladas de lixo químico em um terreno em Love Canal, em Nova York (EUA). A indústria vendeu o terreno e, em 1955, uma escola foi construída no local.
As chuvas fortes e a neve dos anos de 1975 e 1976 fizeram o volume de água no subsolo aumentar e o lixo chegou à superfície. Foi declarado estado de emergência, e a escola foi fechada. O governo recomendou a retirada de mulheres grávidas e de crianças e investiu na despoluição da área.
No Brasil, Furtado lembra o caso de Santo André, no ABC paulista, em 1998. Uma indústria despejou 1 milhão de toneladas de cal contaminada com dioxina, produto altamente cancerígeno.
A indústria assinou um acordo em que se obriga a descontaminar o Rio Grande e o seu depósito e a construir uma barreira de emergência para conter o vazamento de material tóxico para ambiente.
Os moradores do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia (216 km de SP), terão de aguardar até a próxima terça-feira para saber se estão contaminados por pesticidas ou metais pesados.
A Shell Brasil mantinha uma empresa que fabricava agrotóxicos nas imediações do local, entre 1974 a 1993. Em 1994, a Shell protocolou uma autodenúncia no Ministério Público Estadual, em que reconhece ter contaminado o solo e o aquífero daquele local. Estariam expostos à contaminação cerca de 200 moradores.
A previsão era que o relatório final, apontando a situação de saúde da população, fosse divulgado no último dia 15. Há 20 dias, o prefeito da cidade, Edson Moura (PMDB), anunciou que 86% dos 181 moradores examinados pela prefeitura tinham algum tipo de contaminante no organismo.
A Shell patrocinou exames para 159 pessoas. A empresa descartou a hipótese de contaminação. A Shell acha desnecessária a remoção dos moradores e nega ter usado metais em seu estado puro na composição de alguns defensivos.
Nova York teve contaminação em 1976
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da Folha Campinas
Segundo o coordenador internacional da campanha contra a poluição industrial do Greenpeace, Marcelo Furtado, casos de contaminação ambiental como o de Mauá não são raros.
Uma indústria de plásticos depositou, entre 1942 e 1953, 22 mil toneladas de lixo químico em um terreno em Love Canal, em Nova York (EUA). A indústria vendeu o terreno e, em 1955, uma escola foi construída no local.
As chuvas fortes e a neve dos anos de 1975 e 1976 fizeram o volume de água no subsolo aumentar e o lixo chegou à superfície. Foi declarado estado de emergência, e a escola foi fechada. O governo recomendou a retirada de mulheres grávidas e de crianças e investiu na despoluição da área.
No Brasil, Furtado lembra o caso de Santo André, no ABC paulista, em 1998. Uma indústria despejou 1 milhão de toneladas de cal contaminada com dioxina, produto altamente cancerígeno.
A indústria assinou um acordo em que se obriga a descontaminar o Rio Grande e o seu depósito e a construir uma barreira de emergência para conter o vazamento de material tóxico para ambiente.
Os moradores do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia (216 km de SP), terão de aguardar até a próxima terça-feira para saber se estão contaminados por pesticidas ou metais pesados.
A Shell Brasil mantinha uma empresa que fabricava agrotóxicos nas imediações do local, entre 1974 a 1993. Em 1994, a Shell protocolou uma autodenúncia no Ministério Público Estadual, em que reconhece ter contaminado o solo e o aquífero daquele local. Estariam expostos à contaminação cerca de 200 moradores.
A previsão era que o relatório final, apontando a situação de saúde da população, fosse divulgado no último dia 15. Há 20 dias, o prefeito da cidade, Edson Moura (PMDB), anunciou que 86% dos 181 moradores examinados pela prefeitura tinham algum tipo de contaminante no organismo.
A Shell patrocinou exames para 159 pessoas. A empresa descartou a hipótese de contaminação. A Shell acha desnecessária a remoção dos moradores e nega ter usado metais em seu estado puro na composição de alguns defensivos.
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