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18/08/2001
-
15h09
ADRIANA CHAVES
da Agência Folha
Programas de educação alimentar e nutrição coordenados por organizações não-governamentais em parceria com o governo reduziram em 27,37% os índices de desnutrição infantil do Tocantins nos últimos seis anos.
O recorde de casos no Estado aconteceu em 95, atingindo 42% da população infantil. Em 96, com a implantação das primeiras ações conjuntas, caiu para 19,7%, chegando a 16,68% em 98.
Atualmente, das 324.018 crianças com menos de cinco anos, pelo menos 47.423 estão desnutridas, o que corresponde a um índice de 14,6%, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde.
Apesar de significativa, a diminuição não foi suficiente para o Estado se enquadrar na média nacional de desnutrição, estimada em 11% pelo Ministério da Saúde.
Nas regiões mais carentes do Tocantins, como o Bico do Papagaio (extremo norte do Estado), a desnutrição atinge 21,2% das crianças. São números superiores aos registrados no Nordeste do país, onde estão os piores índices por região, com 17,9%.
"Há casos de deficiência de vitaminas e de minerais em todas as áreas e camadas socioeconômicas, mas em localidades carentes da zona rural elas são mais evidentes", afirmou o nutricionista Marcos Antônio R. de Oliveira, do Sisvan (Sistema de Vigilância em Alimentação e Nutrição).
A pesquisa da secretaria também concluiu que a incidência é maior entre crianças de 12 a 23 meses, que representam 19,2% dos avaliados. Em segundo lugar, com 16%, ficam as crianças na faixa entre 24 e 59 meses.
A alimentação alternativa é o destaque dos programas mantidos por entidades como o Provida e a Comissão Pastoral da Terra. Além de valorizar produtos regionais e o aproveitamento integral dos alimentos, as organizações são responsáveis pela disseminação da alimentação alternativa.
"Capacitamos agentes da saúde e merendeiras para coordenar os programas de acordo com as características locais. No Tocantins, é comum usarmos a paçoca de gergelim", disse a secretária-executiva do Provida, Raquel Bittar.
O doce é enriquecido com a multimistura, um complemento protéico à base de farinha de cereais, folhas verdes, sementes e casca de ovo. Mesmo não sendo reconhecida pelo Ministério da Saúde como complemento, a preparação é usada há mais de 15 anos pela Pastoral da Criança e pelo Provida e integra a alimentação de crianças em 138 cidades.
Em Palmas, pelo menos 25% das 3.000 crianças desnutridas foram tratadas com a multimistura.
Desnutrição infantil tem queda de 27% no Tocantins em 6 anos
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da Agência Folha
Programas de educação alimentar e nutrição coordenados por organizações não-governamentais em parceria com o governo reduziram em 27,37% os índices de desnutrição infantil do Tocantins nos últimos seis anos.
O recorde de casos no Estado aconteceu em 95, atingindo 42% da população infantil. Em 96, com a implantação das primeiras ações conjuntas, caiu para 19,7%, chegando a 16,68% em 98.
Atualmente, das 324.018 crianças com menos de cinco anos, pelo menos 47.423 estão desnutridas, o que corresponde a um índice de 14,6%, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde.
Apesar de significativa, a diminuição não foi suficiente para o Estado se enquadrar na média nacional de desnutrição, estimada em 11% pelo Ministério da Saúde.
Nas regiões mais carentes do Tocantins, como o Bico do Papagaio (extremo norte do Estado), a desnutrição atinge 21,2% das crianças. São números superiores aos registrados no Nordeste do país, onde estão os piores índices por região, com 17,9%.
"Há casos de deficiência de vitaminas e de minerais em todas as áreas e camadas socioeconômicas, mas em localidades carentes da zona rural elas são mais evidentes", afirmou o nutricionista Marcos Antônio R. de Oliveira, do Sisvan (Sistema de Vigilância em Alimentação e Nutrição).
A pesquisa da secretaria também concluiu que a incidência é maior entre crianças de 12 a 23 meses, que representam 19,2% dos avaliados. Em segundo lugar, com 16%, ficam as crianças na faixa entre 24 e 59 meses.
A alimentação alternativa é o destaque dos programas mantidos por entidades como o Provida e a Comissão Pastoral da Terra. Além de valorizar produtos regionais e o aproveitamento integral dos alimentos, as organizações são responsáveis pela disseminação da alimentação alternativa.
"Capacitamos agentes da saúde e merendeiras para coordenar os programas de acordo com as características locais. No Tocantins, é comum usarmos a paçoca de gergelim", disse a secretária-executiva do Provida, Raquel Bittar.
O doce é enriquecido com a multimistura, um complemento protéico à base de farinha de cereais, folhas verdes, sementes e casca de ovo. Mesmo não sendo reconhecida pelo Ministério da Saúde como complemento, a preparação é usada há mais de 15 anos pela Pastoral da Criança e pelo Provida e integra a alimentação de crianças em 138 cidades.
Em Palmas, pelo menos 25% das 3.000 crianças desnutridas foram tratadas com a multimistura.
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