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29/06/2000
-
20h05
MARIANA VIVEIROS da Folha de S.Paulo
A campanha "Basta! Eu Quero Paz", coordenada pelo Instituto Sou da Paz, de São Paulo, e pelo movimento Viva Rio, já tem o apoio oficial de mais de 50 entidades de diversos setores da sociedade em todo o país.
Entre elas estão a Polícia Militar de São Paulo, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ONGs de direitos humanos e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
Para os organizadores do movimento, a adesão mostra o quanto a violência precisa ser enfrentada no Brasil. Mesmo assim, a intenção é ampliá-la, mobilizando toda a sociedade. "Este não é um movimento político, é das pessoas", disse o diretor-executivo do Sou da Paz, Denis Mizne.
Lançado oficialmente nesta quinta em São Paulo, o "Basta" foi motivado pelo sequestro do ônibus da linha 174, no dia 12 de junho, no Rio. O incidente terminou com a morte da professora Geísa Firmo Gonçalves e do sequestrador Sandro do Nascimento.
O movimento parte do princípio de que a sociedade tem papel importante no combate à violência, por meio da mudança de comportamentos, mobilização, discussão e cobrança de políticas.
O "Basta" propõe ainda uma agenda "do óbvio" para reduzir os índices de violência no país: reforma das polícias, atividades sociais destinadas aos jovens e desarmamento. "Esses pontos se traduzem facilmente em ações práticas", afirmou Mizne.
Mudar o script
"O sequestro do (ônibus) 174 foi como um filme, mas o filme errado.
Precisamos mudar esse script", afirmou o coordenador-geral do Viva Rio, Ruben César. Ele acha que o país não pode continuar a se pautar pela violência.
Para César, a polícia é hoje mais necessária do que nunca. "Temos que abraçar a polícia, acabar com a desconfiança mútua que existe entre ela e a população."
O capitão da PM de São Paulo Marco Antonio Augusto concorda. "Falta à polícia crédito junto à sociedade. Precisamos trabalhar, mostrar serviço, errar menos. Isso só se consegue com treinamento, educação e formação", disse.
Segundo o capitão, uma solução possível para o estranhamento entre sociedade e polícia é o policiamento comunitário. Ele afirma que 38 entidades trabalham junto com a PM em bairros de São Paulo, dizendo o que é preciso fazer.
Programação
As atividades do "Basta" começam domingo, com uma caminhada em Copacabana. O ponto alto será no dia 7 de julho, quando a organização pede que todos no país se vistam de branco e, às 19h, apaguem as luzes e acendam velas nas janelas das casas.
Serão concluídos nesse dia dois murais na praça da Sé (SP) e dois no largo da Carioca (RJ). Em um deles, serão expostas fotos de vítimas da violência. O outro será feito por crianças e jovens, tendo como tema os principais pontos defendidos pela campanha.
Serão desenvolvidas atividades também em Brasília, Recife, Salvador, Belém, Maceió, Campo Grande (MS) e outras cidades.
Um comercial convocando a população para o ato de 7 de julho foi filmado nesta quinta, no Rio. Os atores Fernanda Montenegro, Marcos Palmeira, Ana Paula Arósio e José de Abreu, o cantor Djavan, a apresentadora Angélica e a jogadora de vôlei Isabel participaram voluntariamente do filme.
Segundo os organizadores do "Basta", a divulgação será muito importante para o sucesso da campanha.
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Movimento pela paz já tem apoio de mais de 50 entidades
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A campanha "Basta! Eu Quero Paz", coordenada pelo Instituto Sou da Paz, de São Paulo, e pelo movimento Viva Rio, já tem o apoio oficial de mais de 50 entidades de diversos setores da sociedade em todo o país.
Entre elas estão a Polícia Militar de São Paulo, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ONGs de direitos humanos e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
Para os organizadores do movimento, a adesão mostra o quanto a violência precisa ser enfrentada no Brasil. Mesmo assim, a intenção é ampliá-la, mobilizando toda a sociedade. "Este não é um movimento político, é das pessoas", disse o diretor-executivo do Sou da Paz, Denis Mizne.
Lançado oficialmente nesta quinta em São Paulo, o "Basta" foi motivado pelo sequestro do ônibus da linha 174, no dia 12 de junho, no Rio. O incidente terminou com a morte da professora Geísa Firmo Gonçalves e do sequestrador Sandro do Nascimento.
O movimento parte do princípio de que a sociedade tem papel importante no combate à violência, por meio da mudança de comportamentos, mobilização, discussão e cobrança de políticas.
O "Basta" propõe ainda uma agenda "do óbvio" para reduzir os índices de violência no país: reforma das polícias, atividades sociais destinadas aos jovens e desarmamento. "Esses pontos se traduzem facilmente em ações práticas", afirmou Mizne.
Mudar o script
"O sequestro do (ônibus) 174 foi como um filme, mas o filme errado.
Precisamos mudar esse script", afirmou o coordenador-geral do Viva Rio, Ruben César. Ele acha que o país não pode continuar a se pautar pela violência.
Para César, a polícia é hoje mais necessária do que nunca. "Temos que abraçar a polícia, acabar com a desconfiança mútua que existe entre ela e a população."
O capitão da PM de São Paulo Marco Antonio Augusto concorda. "Falta à polícia crédito junto à sociedade. Precisamos trabalhar, mostrar serviço, errar menos. Isso só se consegue com treinamento, educação e formação", disse.
Segundo o capitão, uma solução possível para o estranhamento entre sociedade e polícia é o policiamento comunitário. Ele afirma que 38 entidades trabalham junto com a PM em bairros de São Paulo, dizendo o que é preciso fazer.
Programação
As atividades do "Basta" começam domingo, com uma caminhada em Copacabana. O ponto alto será no dia 7 de julho, quando a organização pede que todos no país se vistam de branco e, às 19h, apaguem as luzes e acendam velas nas janelas das casas.
Serão concluídos nesse dia dois murais na praça da Sé (SP) e dois no largo da Carioca (RJ). Em um deles, serão expostas fotos de vítimas da violência. O outro será feito por crianças e jovens, tendo como tema os principais pontos defendidos pela campanha.
Serão desenvolvidas atividades também em Brasília, Recife, Salvador, Belém, Maceió, Campo Grande (MS) e outras cidades.
Um comercial convocando a população para o ato de 7 de julho foi filmado nesta quinta, no Rio. Os atores Fernanda Montenegro, Marcos Palmeira, Ana Paula Arósio e José de Abreu, o cantor Djavan, a apresentadora Angélica e a jogadora de vôlei Isabel participaram voluntariamente do filme.
Segundo os organizadores do "Basta", a divulgação será muito importante para o sucesso da campanha.
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