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22/08/2001 - 21h24

PSDB acusa Marta de comprar açúcar mais caro que em supermercados

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GUTO GONÇALVES
da Folha Online

A bancada do PSDB na Câmara Municipal questionou nesta quarta-feira o preço do quilo do açúcar que será pago pela Prefeitura de São Paulo de acordo com o valor definido em licitação concluída hoje.

Segundo o "Diário Oficial do Município" desta quarta-feira, a empresa Intersul, vencedora da licitação realizada para a compra do açúcar, cobra R$ 0,73 pelo quilo da marca Portobello. Tucanos dizem que no supermercado o produto é encontrado por até R$ 0,64.

O vereador Gilberto Natalini (PSDB) foi hoje a dois supermercados da Liberdade (região central) e encontrou valores mais baixos do que os cobrados pela Intersul. Um quilo do Açúcar da Barra custava R$ 0,64 no Pão de Açúcar e no Futurama, um quilo do açúcar Caravelas, saía por R$ 0,65.

"Para comprar 180 mil quilos por mês, a administração municipal faria uma economia anual de R$ 194.400 se comprasse a marca mais barata no Pão de Açúcar", disse o tucano, líder da bancada do PSDB na Câmara.

Outro lado
O secretário municipal do Abastecimento, Jilmar Tatto, nega que a prefeitura vá comprar o açúcar pelo preço de R$ 0,73 o quilo, definido na licitação.

"Nós vamos utilizar o mesmo critério utilizado na compra do leite em pó, ou seja, se na época da compra o preço do mercado for menor, vamos abaixar o preço definido. Essa mobilidade de valores consta no contrato de licitação. O valor de R$ 0,73 é só uma referência", afirma.

O secretário disse que a prefeitura vai definir o valor do açúcar segundo pesquisa feita no mercado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP.

Para Jilmar Tatto, o PSDB municipal tem feito uma política de "terrorismo barato" contra a prefeitura do PT. "Não é possível ter como referência os preços de um ou dois supermercados em uma licitação do tamanho da prefeitura, é uma irresponsabilidade e uma brincadeira sem graça do Gilberto Natalini", disse.

O secretário esteve reunido nesta quarta-feira com a prefeita Marta Suplicy (PT) e garante que "não existe a menor possibilidade de deixar a secretaria" em razão das denúncias de compra de produtos superfaturados.

"O cargo é da prefeita e ela faz o que quiser, se depender da minha vontade continuo na administração municipal. Fui chamado por ela e procuro fazer meu trabalho, não vejo qualquer problema até agora", afirmou.
 

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