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Shopping de Law tinha fiação exposta; prédio pode ser reaberto após obras
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da Folha Online
O prédio que abriga o shopping 25 de Março, na região central de São Paulo, e que pertence ao empresário chinês naturalizado brasileiro Law Kin Chong, foi lacrado e emparedado nesta terça-feira pela Prefeitura de São Paulo. A estrutura tinha problemas de segurança e oferecia risco aos clientes e os funcionários, segundo a prefeitura.
O local, entretanto, poderá voltar a funcionar se regularizar as condições de segurança determinadas pelo Contru (Departamento do Controle de Uso dos Imóveis), órgão da Secretaria Municipal de Habitação).
O prédio funciona no número 181 da rua Barão de Duprat, no centro. A operação realizada hoje contou com agentes da Polícia Civil e fiscais Receita Federal. Existe a suspeita de comercialização de produtos falsificados e produtos de contrabando.
Algumas pessoas que estavam nos boxes comercializando produtos suspeitos foram detidas
para prestar esclarecimentos na 1ª Delegacia de Polícia (Sé), e depois liberadas. Roupas, brinquedos, perfumes, cosméticos e DVDs suspeitos de falsificação e contrabando também foram apreendidos pela fiscalização. A prefeitura não informou a quantidade de produtos apreendidos.
De acordo com o Contru, o shopping continha, entre outras irregularidades, hidrantes obstruídos para uso, fiação exposta e material inflamável armazenado no subsolo, onde também funcionava uma garagem.
Os fiscais do Contru avaliaram ainda que as instalações elétricas são precárias em vários pavimentos, boxes e quadro de luz. A escada de acesso de madeira estava sem condições de uso e portas corta-fogo estavam deterioradas.
Luminárias obstruíram o sistema contra incêndio --composto por espécie de chuveirinhos no teto que são acionados para apagar o fogo-- as escadas rolantes estavam inadequadas e com problemas nos degraus e corrimãos, segundo o Contru.
Pari
Outro ponto vistoriado pelo Contru foi o do shopping Pari, na avenida Vautier, no Canindé (centro de SP). O local foi interditado em novembro, por falta de licença de funcionamento, execução de projeto de reforma não-aprovado pela prefeitura e por manter atividade comercial juntamente com as obras. Após a interdição do shopping, Law foi preso pela Polícia Federal por suspeita de contrabando e descaminho.
O local será reaberto por decisão da Justiça, mas apenas para que as obras sejam executadas, segundo a Prefeitura de São Paulo. As lojas e depósitos devem continuar fechados, e os comerciantes poderão retirar do centro de compras apenas as mercadorias em situação legal, segundo a prefeitura.
Ontem (17) o Ministério Público Federal denunciou o empresário chinês pelo crime de descaminho --importar ou exportar mercadoria proibida ou sem os devidos pagamentos de impostos.
Leia mais
- Prefeitura interdita e empareda shopping de Law na 25 de Março
- Ministério Público Federal denuncia Law Kin Chong por descaminho
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