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24/08/2001
-
17h04
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha
A Polícia Federal encontrou nesta sexta-feira os corpos dos seis empresários portugueses desaparecidos em Fortaleza desde o último dia 12. Eles estavam enterrados na cozinha da barraca Vela Latina, na praia do Futuro, em Fortaleza. Os corpos tinham marcas de tiros, facadas e pauladas.
O suspeito de ter sido o mandante do crime, o também português Luís Miguel Melitão Guerreiro, 31, havia sido preso na noite de ontem em Barra do Corda, interior do Maranhão, e levado hoje com a mulher, Maria Leandro Cavalcanti, para a sede da Polícia Federal em Teresina. Ele vivia em Fortaleza e mantinha a barraca desde fevereiro deste ano.
Segundo o superintendente da Polícia Federal no Ceará, Wilson Nascimento, os portugueses Joaquim Silva Mendes, 52, Joaquim Manuel Pestana, 49, Manuel Joaquim Barros, 55, Joaquim Fernandes Martins, 57, Antonio Correia Rodrigues, 52, e Vítor Manuel Martins, 53, teriam sido mortos e enterrados no mesmo dia 12, logo que chegaram a Fortaleza.
A descoberta dos corpos aconteceu depois que a polícia prendeu três seguranças da barraca: Leonardo Matos, José Jurandir Ferreira e Jerônimo Ferreira. Um deles _a polícia não quis confirmar qual_ seria dono da Kombi que transportou os empresários portugueses desde o aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, onde eles desembarcaram, até o local do crime. A Kombi foi encontrada com Guerreiro no Maranhão.
Mandante
Os seguranças apontaram o local onde os portugueses estavam enterrados e afirmaram que o mandante do crime seria Guerreiro. A polícia procurava, até o final da tarde, mais dois suspeitos de terem participado do crime.
Guerreiro teria planejado os assassinatos, segundo depoimento dos seguranças à Polícia Federal, para esconder as fraudes que havia cometido com cartões de banco e de crédito dos empresários portugueses.
Ele fez saques e compras em lojas de Fortaleza que somaram cerca de R¹ 25 mil.
A investigação do desaparecimento dos portugueses começou porque eles não haviam estado no hotel que haviam reservado, o Holliday Inn, nem haviam voltado a Portugal na data marcada, dia 20.
Saques
Em depoimento à Polícia Federal, em Teresina, Guerreiro negou o assassinato dos portugueses. Ele confessou que conseguiu as senhas dos portugueses e que participou dos saques e das compras com os cartões dos empresários, mas afirmou que a iniciativa de tudo foi dos seguranças, em especial de um chamado Raimundo, que até o início da noite de ontem estava sendo procurado pela polícia.
Guerreiro contou à polícia que era amigo de Antonio Correia Rodrigues e que estava bebendo com eles na barraca no momento em que os seguranças sacaram armas e deflagraram o assalto. A Polícia Federal apreendeu com Guerreiro R$ 15 mil.
Logo que souberam do crime, familiares dos mortos saíram de Portugal para Fortaleza, onde seriam recepcionados, no final desta noite, pelo consulado português.
"É uma fatalidade, mas acredito que isso não deverá prejudicar o relacionamento entre Portugal e o Brasil, pois poderia ter acontecido em qualquer lugar", disse o cônsul de Portugal, Carlos Pimentel de Matos.
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Corpos de portugueses tinham marca de tiros, facadas e pauladas
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da Agência Folha
A Polícia Federal encontrou nesta sexta-feira os corpos dos seis empresários portugueses desaparecidos em Fortaleza desde o último dia 12. Eles estavam enterrados na cozinha da barraca Vela Latina, na praia do Futuro, em Fortaleza. Os corpos tinham marcas de tiros, facadas e pauladas.
O suspeito de ter sido o mandante do crime, o também português Luís Miguel Melitão Guerreiro, 31, havia sido preso na noite de ontem em Barra do Corda, interior do Maranhão, e levado hoje com a mulher, Maria Leandro Cavalcanti, para a sede da Polícia Federal em Teresina. Ele vivia em Fortaleza e mantinha a barraca desde fevereiro deste ano.
Segundo o superintendente da Polícia Federal no Ceará, Wilson Nascimento, os portugueses Joaquim Silva Mendes, 52, Joaquim Manuel Pestana, 49, Manuel Joaquim Barros, 55, Joaquim Fernandes Martins, 57, Antonio Correia Rodrigues, 52, e Vítor Manuel Martins, 53, teriam sido mortos e enterrados no mesmo dia 12, logo que chegaram a Fortaleza.
A descoberta dos corpos aconteceu depois que a polícia prendeu três seguranças da barraca: Leonardo Matos, José Jurandir Ferreira e Jerônimo Ferreira. Um deles _a polícia não quis confirmar qual_ seria dono da Kombi que transportou os empresários portugueses desde o aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, onde eles desembarcaram, até o local do crime. A Kombi foi encontrada com Guerreiro no Maranhão.
Mandante
Os seguranças apontaram o local onde os portugueses estavam enterrados e afirmaram que o mandante do crime seria Guerreiro. A polícia procurava, até o final da tarde, mais dois suspeitos de terem participado do crime.
Guerreiro teria planejado os assassinatos, segundo depoimento dos seguranças à Polícia Federal, para esconder as fraudes que havia cometido com cartões de banco e de crédito dos empresários portugueses.
Ele fez saques e compras em lojas de Fortaleza que somaram cerca de R¹ 25 mil.
A investigação do desaparecimento dos portugueses começou porque eles não haviam estado no hotel que haviam reservado, o Holliday Inn, nem haviam voltado a Portugal na data marcada, dia 20.
Saques
Em depoimento à Polícia Federal, em Teresina, Guerreiro negou o assassinato dos portugueses. Ele confessou que conseguiu as senhas dos portugueses e que participou dos saques e das compras com os cartões dos empresários, mas afirmou que a iniciativa de tudo foi dos seguranças, em especial de um chamado Raimundo, que até o início da noite de ontem estava sendo procurado pela polícia.
Guerreiro contou à polícia que era amigo de Antonio Correia Rodrigues e que estava bebendo com eles na barraca no momento em que os seguranças sacaram armas e deflagraram o assalto. A Polícia Federal apreendeu com Guerreiro R$ 15 mil.
Logo que souberam do crime, familiares dos mortos saíram de Portugal para Fortaleza, onde seriam recepcionados, no final desta noite, pelo consulado português.
"É uma fatalidade, mas acredito que isso não deverá prejudicar o relacionamento entre Portugal e o Brasil, pois poderia ter acontecido em qualquer lugar", disse o cônsul de Portugal, Carlos Pimentel de Matos.
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