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25/08/2001 - 08h49

Polícia faz a reconstituição do crime de empresários portugueses

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da Folha Online
da Agência Folha

A polícia realiza neste sábado a reconstituição do crime envolvendo seis empresários portugueses. A Polícia Federal encontrou ontem os corpos dos empresários, desaparecidos desde o último dia 12. Eles estavam enterrados na cozinha da barraca Vela Latina, na praia do Futuro, em Fortaleza. Os corpos tinham marcas de tiros, facadas e pauladas.

O suspeito de ter sido o mandante do crime, o também português Luís Miguel Melitão Guerreiro, 31, participa da reconstituição.

Guerreiro havia sido preso na noite de anteontem em Barra do Corda, interior do Maranhão, e levado ontem com a mulher, Maria Leandro Cavalcanti, para a sede da Polícia Federal em Teresina. Ele vivia em Fortaleza e mantinha a barraca desde fevereiro deste ano.

Segundo o superintendente da Polícia Federal no Ceará, Wilson Nascimento, os portugueses Joaquim Silva Mendes, 52, Joaquim Manuel Pestana, 49, Manuel Joaquim Barros, 55, Joaquim Fernandes Martins, 57, Antonio Correia Rodrigues, 52, e Vítor Manuel Martins, 53, teriam sido mortos e enterrados no mesmo dia 12, logo que chegaram a Fortaleza.

A descoberta dos corpos aconteceu depois que a polícia prendeu três seguranças da barraca: Leonardo Matos, José Jurandir Ferreira e Jerônimo Ferreira. Um deles _a polícia não quis confirmar qual_ seria dono da Kombi que transportou os empresários portugueses desde o aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, onde eles desembarcaram, até o local do crime. A Kombi foi encontrada com Guerreiro no Maranhão.

Mandante
Os seguranças apontaram o local onde os portugueses estavam enterrados e afirmaram que o mandante do crime seria Guerreiro. A polícia procurava, até o final da tarde, mais dois suspeitos de terem participado do crime.

Guerreiro teria planejado os assassinatos, segundo depoimento dos seguranças à Polícia Federal, para esconder as fraudes que havia cometido com cartões de banco e de crédito dos empresários portugueses.

Ele fez saques e compras em lojas de Fortaleza que somaram cerca de R¹ 25 mil.
A investigação do desaparecimento dos portugueses começou porque eles não haviam estado no hotel que haviam reservado, o Holliday Inn, nem haviam voltado a Portugal na data marcada, dia 20.

Saques
Em depoimento à Polícia Federal, em Teresina, Guerreiro negou o assassinato dos portugueses. Ele confessou que conseguiu as senhas dos portugueses e que participou dos saques e das compras com os cartões dos empresários, mas afirmou que a iniciativa de tudo foi dos seguranças, em especial de um chamado Raimundo, que até o início da noite de ontem estava sendo procurado pela polícia.

Guerreiro contou à polícia que era amigo de Antonio Correia Rodrigues e que estava bebendo com eles na barraca no momento em que os seguranças sacaram armas e deflagraram o assalto. A Polícia Federal apreendeu com Guerreiro R$ 15 mil.

Logo que souberam do crime, familiares dos mortos saíram de Portugal para Fortaleza, onde seriam recepcionados, no final desta noite, pelo consulado português.

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