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06/09/2001 - 19h03

Filha de Sargentelli é baleada e genro morre em apartamento no Rio

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da Folha de S.Paulo, no Rio

A filha do produtor cultural Oswaldo Sargentelli, 77, Waleska Fernandes Sargentelli, 35, foi baleada, e seu marido, Yuri da Silva Braga, morto com cinco tiros, na madrugada desta quinta-feira, em um apartamento no Grajaú, zona norte do Rio.

O casal, acompanhado da filha de 18 meses, teria ido assistir ao jogo do Brasil com a Argentina na casa de outro casal. Eles teriam consumido bebidas alcoólicas e drogas. Por volta de 2h, gritos e barulhos de tiros chamaram a atenção de vizinhos, que acionaram a polícia.

De acordo com a polícia, o dono do apartamento, Valdir de Oliveira Júnior, cuja idade não foi divulgada, teria tido um acesso de fúria e descarregado dois cartuchos de munição contra todos no apartamento, incluindo sua mulher, Daniela Pereira da Silva, 24, que foi atingida por três tiros. Ele fugiu em um corsa branco levando o filho de três anos.

Daniela teve a bexiga e o intestino atingidos pelos disparos. Ela fez uma cirurgia às pressas durante a madrugada no hospital do Andaraí (zona norte). Seu estado de saúde é estável. Waleska foi atingida por um tiro no maxilar e outro na coxa direita. Ela foi operada na manhã de hoje e também passa bem. A polícia ainda não tem pistas do paradeiro de Júnior.

Conhecido nos anos 70 e 80 como como o "rei das mulatas", Sargentelli afirmou ter ficado "chocado" com o crime. Ele disse que sua neta, G., de 18 meses, só não foi atingida porque a mãe a protegeu com o corpo. A criança está com a avó materna.

O produtor disse desconhecer o criminoso e sua mulher, que seriam amigos de sua filha.

Sargentelli afirmou ter uma relação próxima com a filha. Disse que Waleska chegou a trabalhar com ele como bailarina por vários anos em seus shows. "Ela dança desde pequenininha, é uma excelente bailarina. Começou dançando no programa de Silvio Santos", afirmou.

Em depoimento à polícia, Waleska disse que seu marido Yuri, cuja idade não foi divulgada, e Valdir Junior estavam bebendo uísque e cheirando cocaína no quarto quando começou uma discussão entre os dois. Em seguida, ela conta que Junior saiu do quarto atirando sem ter motivo.

No apartamento foram apreendidas duas pistolas Taurus, uma calibre 380 e outra 765. Também foram encontradas várias cápsulas de balas, três tabletes de maconha e vestígios de cocaína pelo apartamento. Um pires com a droga foi apreendido no quarto do casal.

Valdir Junior é procurado pela polícia desde o início do mês de junho, quando teria fugido da Casa de Custódia Pedro Melo, em Bangu 1 (zona oeste). Ele tem uma ficha criminal extensa e responde a acusações de homicídio, receptação, roubo e falsificação de documentos.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Jorge Campos, Valdir Júnior pode ser um dos traficantes mais procurados do Rio. Ele seria o "Juninho" da favela do Fogueteiro (zona norte), no morro de São Carlos.

 

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