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17/09/2001 - 06h03

Secretária conta que chovia na hora do acidente com fokker

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do Agora São Paulo

A secretária Márcia Romito, 33, que estava no vôo 9755 da TAM com o marido, o engenheiro Marcelo Romito, 34, e o filho, Théo Henrique, de um ano, disse que as cenas vividas anteontem dentro do avião pareciam de terror.

Segundo ela, pais se jogaram em cima dos filhos pequenos para evitar que eles fossem sugados.

Márcia contou ontem -ao desembarcar no aeroporto de Congonhas de outro avião da TAM que transportou de Belo Horizonte a São Paulo parte dos passageiros do vôo acidentado- que passou uma semana em Recife e estava retornando com as "baterias recarregadas" para voltar ao trabalho hoje.

A família ocupava a terceira fileira da aeronave e não sentiu tanto os efeitos da despressurização. "Foi muito traumático, não vôo tão cedo", disse a secretária.

Márcia contou que os momentos mais dramáticos ocorreram quando o filho se recusava a ficar com a máscara de oxigênio no rosto. "Ele gritava e tirava a minha máscara também. Senti muita falta de ar e tive medo de que ele não conseguisse respirar", disse.

Segundo ela, momentos antes do acidente o avião passava por uma forte turbulência, sob chuva.

"Eu me levantei para ir ao banheiro, quando ouvi um estouro forte. Começou a ventar muito, e as máscaras caíram. Objetos voavam, e as pessoas gritavam."

Márcia diz que o drama durou até o pouso. "Depois que a janela quebrou, a aeronave ficou totalmente descontrolada, mas o piloto conseguiu estabilizar o avião."

Segundo a secretária, os passageiros foram obrigados a descer pela porta da frente. "Depois fiquei sabendo que era para que ninguém visse o que tinha ocorrido lá atrás", afirmou, referindo-se à morte de Marlene dos Santos.
 

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