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25/09/2001
-
16h21
MILENA BUOSI
da Folha Online
Cerca de 20 mães de internos da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) da Raposo Tavares, zona oeste de São Paulo, se reuniram com promotores da Infância e da Juventude e pediram investigações sobre denúncias de supostos maus-tratos na unidade.
As mães disseram que seus filhos foram espancados com tacos de beisebol e cabos de vassoura. Segundo elas, os internos foram agredidos também com spray de pimenta, na madrugada do último domingo, por um grupo de monitores.
Elas estiveram na unidade, também no domingo, e disseram que o tempo de visitas _que geralmente é de duas horas_, durou 10 minutos. Na ocasião, a visita foi "vigiada" por monitores.
A dona-de-casa Maria Francisca da Silva, 40, disse que seu filho, R.S.A., 17, recusou-se a levantar a camisa para mostrar possíveis hematomas, com medo de uma represália por parte de funcionários. "Vi apenas escoriações no braço. Ele disse que os meninos estavam proibidos de levantar a blusa", disse.
"Meu filho disse que estava dormindo quando ele e outros meninos foram agredidos por funcionários com socos e pedaços de pau. Os funcionários disseram apenas para ele calar a boca e que aquilo 'era coisa do passado'", afirmou Maria Francisca.
Segundo o representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), Ariel de Castro Alves, que acompanha o caso, pelo menos 110 internos teriam sido agredidos e pelo menos 20 deles ficaram com marcas pelo corpo, conforme denúncia das mães.
"O mais ferido foi identificado como D.S.P, 16, da unidade 27. Ele teria ficado com o corpo cheio de hematomas, estaria mancando por sofrer fratura na perna e estaria com a pele descamando, por causa do spray de pimenta", disse.
As mães também disseram que, após a visita, os internos teriam sido transferidos para outras unidades. "Liguei para a unidade da Raposo e não encontrei meu filho. Depois, me ligaram de lá dizendo que ele foi transferido para a Febem Franco da Rocha", disse Maria Francisca.
Segundo ela, seu filho _que teria sido detido por roubo_, está na Febem há 1 ano e 4 meses e já foi espancado outras vezes.
Leia mais:
Febem admite confronto, mas nega agressões na Raposo Tavares
Mães se reúnem com promotores e denunciam maus-tratos na Febem
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da Folha Online
Cerca de 20 mães de internos da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) da Raposo Tavares, zona oeste de São Paulo, se reuniram com promotores da Infância e da Juventude e pediram investigações sobre denúncias de supostos maus-tratos na unidade.
As mães disseram que seus filhos foram espancados com tacos de beisebol e cabos de vassoura. Segundo elas, os internos foram agredidos também com spray de pimenta, na madrugada do último domingo, por um grupo de monitores.
Elas estiveram na unidade, também no domingo, e disseram que o tempo de visitas _que geralmente é de duas horas_, durou 10 minutos. Na ocasião, a visita foi "vigiada" por monitores.
A dona-de-casa Maria Francisca da Silva, 40, disse que seu filho, R.S.A., 17, recusou-se a levantar a camisa para mostrar possíveis hematomas, com medo de uma represália por parte de funcionários. "Vi apenas escoriações no braço. Ele disse que os meninos estavam proibidos de levantar a blusa", disse.
"Meu filho disse que estava dormindo quando ele e outros meninos foram agredidos por funcionários com socos e pedaços de pau. Os funcionários disseram apenas para ele calar a boca e que aquilo 'era coisa do passado'", afirmou Maria Francisca.
Segundo o representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), Ariel de Castro Alves, que acompanha o caso, pelo menos 110 internos teriam sido agredidos e pelo menos 20 deles ficaram com marcas pelo corpo, conforme denúncia das mães.
"O mais ferido foi identificado como D.S.P, 16, da unidade 27. Ele teria ficado com o corpo cheio de hematomas, estaria mancando por sofrer fratura na perna e estaria com a pele descamando, por causa do spray de pimenta", disse.
As mães também disseram que, após a visita, os internos teriam sido transferidos para outras unidades. "Liguei para a unidade da Raposo e não encontrei meu filho. Depois, me ligaram de lá dizendo que ele foi transferido para a Febem Franco da Rocha", disse Maria Francisca.
Segundo ela, seu filho _que teria sido detido por roubo_, está na Febem há 1 ano e 4 meses e já foi espancado outras vezes.
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