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10/10/2001
-
23h06
da Agência Folha
da Folha Online
A Polícia Federal de Uberlândia (MG) disse que a possibilidade de o passageiro Daniel Kitaoka ter tentado sequestrar a aeronave da Rio-Sul é "extremamente remota". A afirmação é do delegado Júlio Bortolato.
Kitaoka, que viajava no vôo 5360 (São Paulo-Uberlândia), provocou um tumulto na aeronave, por volta das 18h, ao tentar pegar talheres de um carrinho de bordo, segundo a Rio-Sul. A ação foi interpretada como uma ameaça.
De acordo com a Polícia Federal, ele teria causado constrangimento aos ocupantes da aeronave ao perder o controle emocional e discutir em voz alta com uma comissária de bordo que mexera em sua bagagem.
Segundo o delegado, Kitaoka deverá passar a noite sob a guarda da Polícia Federal a fim de prestar um depoimento com mais detalhes.
"Vou vasculhar os arquivos da polícia para saber se ele [Kitaoka] possui ou não antecedentes criminais", disse o delegado.
Em depoimento na sede da PF, Kitaoka declarou _segundo a PF_ que em nenhum momento segurou ou tentou alcançar talheres do serviço de bordo, com um faca.
O técnico em eletrônica Daniel Kitaoka, 23, natural de Americana (interior de São Paulo), trabalha atualmente na cidade de Osaka, no Japão, e teria vindo ao Brasil para passar três meses em férias na casa de familiares, em Uberaba (100 km de Uberlândia).
Ele deixou o Japão, fez escala em Los Angeles (EUA) e chegou pela manhã à capital paulista, onde à tarde embarcou para Uberlândia. Da cidade, ele iria de ônibus até Uberaba.
Segundo a assessoria de imprensa da Rio-Sul, dois funcionários da empresa que viajavam na aeronave dominaram Kitaoka. A aeronave _um jato bimotor ERJ-145, com capacidade para 50 passageiros, pousou em Uberlândia por volta das 18h20. A aeronave havia saído de Congonhas (SP) com 23 passageiros e quatro tripulantes.
Ainda segundo a empresa aérea, Kitaoka disse frases como "vocês estão contra mim". Segundo declarações que as comissárias de bordo teriam dado à assessoria de imprensa da Rio-Sul, o homem não aparentava estar alcoolizado nem teria consumido bebidas alcoólicas durante o vôo.
Lilian Rato Neves, superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) em Uberlândia, disse que "o passageiro tentou se apoderar do avião, mas foi impedido por passageiros e tripulantes".
No saguão do Aeroporto de Uberlândia, Kitaoka foi detido por agentes da Polícia Federal que aguardavam a chegada da aeronave. Eles haviam sido acionados pelo aeroporto depois que o comandante da aeronave, Marcelo Bairros, informou à torre de controle sobre o que estava acontecendo no vôo, minutos antes do pouso.
Bairros teria acionado o código de sequestro para a torre, o que levou a Infraero a levantar a hipótese de sequestro e acionar a PF.
O Ministério da Defesa também chegou a informar que a ação se tratava de uma tentativa de sequestro.
A aeronave da Rio-Sul levantou vôo novamente às 20h35 de volta a São Paulo com 23 passageiros e chegou em Congonhas às 21h25.
Segundo a PF, os tripulantes do avião poderão ser chamados amanhã para prestar depoimento sobre o caso. O delegado Bortolato não descartou a possibilidade de interrogar todos os 23 passageiros que estavam a bordo. "Até os passageiros, caso seja necessário, serão chamados a depor", declarou.
Irmã
Silvana Kitaoca, 17, irmã de Daniel, que mora em Uberaba, disse que a família estava providenciando advogado.
"Ele estava vindo visitar a família onde pretendia ficar três meses quando retornaria ao Japão. Ele sempre teve comportamento normal. Estou desnorteada com tudo o que está ocorrendo".
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A Polícia Federal de Uberlândia (MG) disse que a possibilidade de o passageiro Daniel Kitaoka ter tentado sequestrar a aeronave da Rio-Sul é "extremamente remota". A afirmação é do delegado Júlio Bortolato.
Kitaoka, que viajava no vôo 5360 (São Paulo-Uberlândia), provocou um tumulto na aeronave, por volta das 18h, ao tentar pegar talheres de um carrinho de bordo, segundo a Rio-Sul. A ação foi interpretada como uma ameaça.
De acordo com a Polícia Federal, ele teria causado constrangimento aos ocupantes da aeronave ao perder o controle emocional e discutir em voz alta com uma comissária de bordo que mexera em sua bagagem.
Segundo o delegado, Kitaoka deverá passar a noite sob a guarda da Polícia Federal a fim de prestar um depoimento com mais detalhes.
"Vou vasculhar os arquivos da polícia para saber se ele [Kitaoka] possui ou não antecedentes criminais", disse o delegado.
Em depoimento na sede da PF, Kitaoka declarou _segundo a PF_ que em nenhum momento segurou ou tentou alcançar talheres do serviço de bordo, com um faca.
O técnico em eletrônica Daniel Kitaoka, 23, natural de Americana (interior de São Paulo), trabalha atualmente na cidade de Osaka, no Japão, e teria vindo ao Brasil para passar três meses em férias na casa de familiares, em Uberaba (100 km de Uberlândia).
Ele deixou o Japão, fez escala em Los Angeles (EUA) e chegou pela manhã à capital paulista, onde à tarde embarcou para Uberlândia. Da cidade, ele iria de ônibus até Uberaba.
Segundo a assessoria de imprensa da Rio-Sul, dois funcionários da empresa que viajavam na aeronave dominaram Kitaoka. A aeronave _um jato bimotor ERJ-145, com capacidade para 50 passageiros, pousou em Uberlândia por volta das 18h20. A aeronave havia saído de Congonhas (SP) com 23 passageiros e quatro tripulantes.
Ainda segundo a empresa aérea, Kitaoka disse frases como "vocês estão contra mim". Segundo declarações que as comissárias de bordo teriam dado à assessoria de imprensa da Rio-Sul, o homem não aparentava estar alcoolizado nem teria consumido bebidas alcoólicas durante o vôo.
Lilian Rato Neves, superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) em Uberlândia, disse que "o passageiro tentou se apoderar do avião, mas foi impedido por passageiros e tripulantes".
No saguão do Aeroporto de Uberlândia, Kitaoka foi detido por agentes da Polícia Federal que aguardavam a chegada da aeronave. Eles haviam sido acionados pelo aeroporto depois que o comandante da aeronave, Marcelo Bairros, informou à torre de controle sobre o que estava acontecendo no vôo, minutos antes do pouso.
Bairros teria acionado o código de sequestro para a torre, o que levou a Infraero a levantar a hipótese de sequestro e acionar a PF.
O Ministério da Defesa também chegou a informar que a ação se tratava de uma tentativa de sequestro.
A aeronave da Rio-Sul levantou vôo novamente às 20h35 de volta a São Paulo com 23 passageiros e chegou em Congonhas às 21h25.
Segundo a PF, os tripulantes do avião poderão ser chamados amanhã para prestar depoimento sobre o caso. O delegado Bortolato não descartou a possibilidade de interrogar todos os 23 passageiros que estavam a bordo. "Até os passageiros, caso seja necessário, serão chamados a depor", declarou.
Irmã
Silvana Kitaoca, 17, irmã de Daniel, que mora em Uberaba, disse que a família estava providenciando advogado.
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