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29/03/2008 - 09h57

Anac lista 175 aeroportos com falhas, mas não divulga locais

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) anunciou nesta sexta-feira (28), sem identificar os locais, que 175 aeroportos no país apresentam falhas de segurança e podem ser interditados ou restringidos nos próximos meses se não houver correções e ajustes. A agência avalia que não há "risco iminente" de acidentes e diz ser necessário uma articulação política para alocar recursos ou até flexibilizar regras, para não deixar regiões remotas sem transporte aéreo.

Os locais não foram identificados, mas o grupo se restringe a aeroportos de pequeno porte --66 recebem vôos da aviação comercial e o restante atende a aviação geral (jatos e aviões particulares). A maioria, 132 aeroportos, são administrados por Estados ou municípios. Outros nove aeroportos são geridos pela Infraero, que não comentou o levantamento.

"Com certeza os problemas ocorreram porque a administração não fez a manutenção devida", disse Alexandre de Barros, diretor da Anac. Ele lembrou que o contingenciamento de verbas e a crise aérea afetaram vários convênios com o governo federal, mas considera que o sistema de investimento hoje utiliza critérios que não priorizam a segurança.

Aeródromos

"Muitos desses aeródromos não estavam incluídos na lista de prioridades dos Estados", afirmou Barros, em referência ao Profaa (Programa Federal de Auxílio a Aeroportos), cuja verba era de R$ 100 milhões no ano passado.

Questionado se a divisão desses recursos é feita por critérios políticos, ele disse: "Gostaria de poder dizer que os critérios não são políticos, mas não cabe à agência comentar isso".

As falhas detectadas se dividem entre problemas de segurança operacional (ligadas à operação de aeronaves, como as condições da pista) e de segurança contra ilícitos (ligadas à prevenção de crimes, como o uso de detectores de metal).

A agência pretende formar um grupo de trabalho com parlamentares para viabilizar recursos para as melhorias necessárias ou para agilizar a flexibilização da legislação que lista as exigências. Isto porque a Anac considera que algumas falhas representam menor risco para as comunidades do que o fechamento do aeroporto.

Segundo Barros, 90 pistas ou aeroportos sofreram interdições no último ano --citou os exemplos de Cáceres (MT) e Piracicaba (SP), que já fizeram os devidos ajustes.

As falhas de segurança contra ilícitos são sigilosas. Já o levantamento de falhas de segurança operacional será divulgado ao público nas próximas semanas. Existem mais de 3.000 aeródromos (pistas sem terminal de passageiros) e aeroportos no país --apenas 67 são administrados pela Infraero. Estados, municípios e empresas aéreas já foram notificados.

Comentários dos leitores
Valdir Antonelli (5) 11/07/2008 21h21
Valdir Antonelli (5) 11/07/2008 21h21
SAO PAULO / SP
Pelo jeito a empresa nunca mais vai poder montar stands, parquinhos ou fazer divulgação né? Me sensibilizo com as famílias que perderam alguém no voo, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Juro que quando li a manchete pensei que a TAM tivesse montado algo no local do acidente, mas depois que vi que era em um shopping achei absurdo os comentários e o tom da reportagem. 4 opiniões
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Marina Boschini (1) 11/07/2008 20h06
Marina Boschini (1) 11/07/2008 20h06
CAMPINAS / SP
Eu compreendo o sentimento dos familiares, mas devo discordar. Faz 3 anos que minha mãe faleceu, todos os dias sinto sua falta, mas em épocas como o dia das mães é ainda pior; deveria eu ficar indignada com todas as propagandas veiculadas perto da data? Não seria uma insensibilidade das empresas com todas as pessoas que perderam suas mães? Sinto muito, mas uma coisa não leva a outra. Por acaso, as famílias só se lembram de seus parentes em Julho? Faz parecer que se um parente das vítimas passasse perto desse parquinho em Outubro ele não se incomodaria. Lutem sim pelos seus direitos, mas com argumentos válidos. 9 opiniões
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Claudio Koseki (1) 11/07/2008 18h28
Claudio Koseki (1) 11/07/2008 18h28
OSASCO / SP
Me desculpe, não li todos os comentários, mas, realmente, o que uma coisa tem a ver com a outra?
Agora, por causa do acidente a TAM deve fechar as portas, colocar todos os colaboradores na rua, cair no ostracismo, não mais patrocinar eventos, enfim.
Estamos há menos de uma semana para que o acidente complete 1 ano, creio que haja uma certa, vamos dizer, apimentada na reportagem. É pertinente uma matéria deste tipo às vésperas deste acidente que chocou o Brasil.
Agora, leram a reportagem, sobre a "lajona" em CGH para o pátio VIP? http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u421333.shtml . Olha, de forma alguma provocando os familiares das vítimas do JJ3054, mas com todo o respeito, cadê a mesma energia para atacarem mais esta brilhante atuação do ministro Nelson Jobim?
Aliás, apenas por informação as mesmas pistas que os jatos do GTE (Grupo de Transporte Especial do qual o A319 presidencial faz parte) usam são as mesmas pistas das demais aeronaves e inclusive, se o Sr. Presidente está abordo de uma aeronave, o aeroporto tem suas operações comerciais suspensas temporariamente para que esta aeronave pouse ou decole.
Esta medida sim é uma provocação, não o Parquinho da TAM no Shopping.
17 opiniões
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