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05/11/2001 - 20h06

Polícia do Paraguai investiga chacina de família de 'brasiguaios'

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da Agência Folha, em Campo Grande

A polícia paraguaia está tentando desvendar as circunstâncias de uma chacina de brasiguaios _denominação dada a brasileiros que trabalham no Paraguai_ ocorrida na semana passada. Uma grávida e três crianças foram mortas com tiros, facadas e pauladas.

Zeni de Matos Gamarra, 23, grávida de sete meses, e seus filhos Juninho de Matos Gamarra, 7, Juliana, 5, e Júnior César, 4, foram encontrados mortos, quinta-feira à tarde, dentro de casa, na fazenda Santa Mariana, no Departamento de Canindeyu, a cerca de 90 km da fronteira do Paraguai com o Brasil.

No último sábado, durante as investigações, a polícia matou dois brasileiros e feriu outro, em uma troca de tiros. Foram mortos Nivaldo Lourenço e um homem conhecido apenas como Mendes.

Amputação
João Pereira da Silva levou um tiro na mão e foi atendido no hospital municipal de Paranhos (464 km ao sul de Campo Grande), onde teve a mão amputada.

De acordo com o hospital, ele recebeu alta na manhã de hoje. Segundo a polícia paraguaia, ele está de volta ao Paraguai, sob custódia.

Os três suspeitos estavam em uma casa dentro da própria fazenda e teriam reagido com tiros à aproximação dos policiais.

A polícia afirma que eles foram apontados por outros funcionários da fazenda como os autores do crime. Teriam sido apreendidos três revólveres.

Apesar de todos os envolvidos serem brasileiros _a fazenda onde ocorreu o crime também pertence a um brasileiro_, a Polícia Civil do Brasil não foi contatada para colaborar nas investigações.

Violência
De acordo com a polícia, Zeni Gamarra foi morta com tiros de espingarda calibre 38 e facadas, e as crianças, a pauladas.

A polícia trabalha com a hipótese de tentativa de estupro. Segundo o comissário Brás Arias, da Chefatura da Polícia de Canindeyu, havia dentro da casa sinais de luta.

De acordo com Arias, um dos homens mortos tinha arranhões no peito, o que seria um indício da participação dele no crime.

O marido de Zeni, Luiz Gamarra, não estava em casa no momento do crime. Ainda na versão da polícia, ele estaria trabalhando no momento da chacina. A polícia não soube informar o paradeiro de Luiz Gamarra.

Os corpos das vítimas também foram levados a Paranhos, onde a família era bastante conhecida. Os enterros aconteceram no final de semana na cidade sul-mato-grossense.
 

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