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09/06/2008 - 10h30

Polícia continua buscas por suspeito de arrastar soldado em Campo Grande (MS)

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Colaboração para a Folha Online
da Folha de S.Paulo

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul continua nesta segunda-feira a procura de Fagner Gonçalves, 25, suspeito de matar o soldado do Exército Leonardo Sales da Silva, 19, após atropelá-lo e arrastá-lo por 15 km no último sábado (7) em Campo Grande. Segundo o irmão do suspeito, Flávio Gonçalves, 28, o rapaz irá se entregar nesta segunda-feira.

Reprodução
O motorista Fagner Gonçalves, 25, suspeito de atropelar e arrastar um soldado do Exército
Fagner Gonçalves, 25, suspeito de atropelar e arrastar vítima

O incidente aconteceu na madrugada de sábado, durante um rodeio realizado no parque do Lageado. Segundo testemunhas, Gonçalves acelerava e soltava fumaça do escapamento de um caminhão F-4000.

Após ser vaiado por pessoas que saíam do local, o suspeito deu marcha a ré contra o público, atropelando o soldado, segundo a polícia. Com o impacto, ele caiu e ficou preso ao eixo traseiro do veículo, que arrancou em alta velocidade com quatro pessoas na caçamba.

Segundo o delegado Márcio Custódio, da Depac (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento Comunitário), testemunhas avisaram o motorista sobre o soldado que estava preso ao carro, mas ele ignorou os alertas e continuou acelerando.

De acordo com o delegado, amigos da vítima seguiram a F-4000 por meio de rastros de sangue. "O corpo, desfigurado, foi encontrado em uma zona rural a 15 quilômetros do local da festa, por volta de 1h", disse Custódio.

Para tentar se desvencilhar do corpo, segundo o delegado, o motorista passou por estradas vicinais de terra, em vez de usar vias expressas de asfalto. "Na estrada próxima ao local onde o corpo foi abandonado, havia marcas de ziguezague no chão, como se o motorista tentasse se livrar do corpo a todo momento. Por que ele não optou por uma rota de fuga convencional?", questionou.

Buscas

Para tentar fechar o cerco a Gonçalves, a Depac encaminhou a foto do suspeito para a Polícia Rodoviária Federal e para outras unidades da Polícia Civil em Campo Grande. Colegas do 18º Batalhão do Comando Militar do Oeste, onde Silva era lotado, também se prontificaram a ajudar nas buscas ao suspeito.

O suspeito já tem dois mandados de prisão em aberto --um por não pagar pensão alimentícia à ex-mulher e outro por lesão corporal dolosa. O fato de ele ter, segundo testemunhas, arrancado com o veículo sabendo que o soldado estava preso ao eixo traseiro pode agravar eventual pena pelo crime.

De acordo com Custódio, se forem confirmados indícios da participação de Gonçalves, ele deverá responder por homicídio doloso (com intenção de matar), pois, além de não ter prestado socorro à vítima, fugiu tentando se desvencilhar do corpo.

O soldado foi enterrado na tarde de ontem, no cemitério Jardim da Paz, na capital sul-matogrossense.

 

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