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07/12/2001
-
05h27
da Folha de S.Paulo
O resultado da pesquisa Datafolha -com uma grande maioria defendendo a criminalização do uso da maconha- surpreendeu os especialistas. "As pessoas estão confundindo descriminalizar com legalizar", diz o professor Elisaldo Carlini, diretor do Cebrid, principal centro brasileiro de investigação das drogas.
Legalizar implicaria transformar o comércio e o uso da maconha em atividades regulamentadas, como se faz com o cigarro e a bebida.
Descriminalizar seria deixar de tratar o usuário e o dependente como criminosos.
"A punição é um mal maior que a própria droga, pois o dependente precisa de tratamento", diz Carlini. Ele cita um estudo recente divulgado pelo governo francês demonstrando que a maconha "está longe de apresentar todos os perigos que lhe conferem".
Mônica Gorgulho, 41, presidente da Rede Brasileira de Redução de Danos (Reduc) e psicóloga do Proad (programa de orientação a dependentes da Unifesp), diz que a droga é sempre associada ao crime, à violência e à marginalidade. "Esse temor explicaria essa posição conservadora", diz.
Nenhum especialista defende a prisão do dependente ou usuário ocasional. "Vários dos meus pacientes já foram presos e sofreram abusos.
Eles precisam de tratamento, não de polícia", diz o psicoterapeuta Cirilo Liberatori, 39, diretor da clínica Greenwood.
Para ele, a pesquisa surpreendeu, pois nos últimos anos há cada vez mais pessoas falando pela descriminalização da maconha.
Resultado de pesquisa surpreende especialistas
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O resultado da pesquisa Datafolha -com uma grande maioria defendendo a criminalização do uso da maconha- surpreendeu os especialistas. "As pessoas estão confundindo descriminalizar com legalizar", diz o professor Elisaldo Carlini, diretor do Cebrid, principal centro brasileiro de investigação das drogas.
Legalizar implicaria transformar o comércio e o uso da maconha em atividades regulamentadas, como se faz com o cigarro e a bebida.
Descriminalizar seria deixar de tratar o usuário e o dependente como criminosos.
"A punição é um mal maior que a própria droga, pois o dependente precisa de tratamento", diz Carlini. Ele cita um estudo recente divulgado pelo governo francês demonstrando que a maconha "está longe de apresentar todos os perigos que lhe conferem".
Mônica Gorgulho, 41, presidente da Rede Brasileira de Redução de Danos (Reduc) e psicóloga do Proad (programa de orientação a dependentes da Unifesp), diz que a droga é sempre associada ao crime, à violência e à marginalidade. "Esse temor explicaria essa posição conservadora", diz.
Nenhum especialista defende a prisão do dependente ou usuário ocasional. "Vários dos meus pacientes já foram presos e sofreram abusos.
Eles precisam de tratamento, não de polícia", diz o psicoterapeuta Cirilo Liberatori, 39, diretor da clínica Greenwood.
Para ele, a pesquisa surpreendeu, pois nos últimos anos há cada vez mais pessoas falando pela descriminalização da maconha.
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