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08/07/2000 - 12h31

Continua greve em duas empresas de ônibus em São Paulo

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da Folha Online, em São Paulo

Os funcionários das empresas Viação São Luiz e Viação Campo Belo, que atendem a zona sul da cidade, decidiram não aceitar o acordo firmado na sexta-feira (7) entre representantes do sindicato dos condutores e o Transurb, sindicato que representa as empresas de ônibus. Em uma assembléia realizada ontem à noite, os funcionários decidiram manter a greve.

Segundo o sindicato, 1.600 pessoas continuam em greve e 420 ônibus estão parados na zona sul. O acordo foi feito com a mediação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), em São Paulo. Desde o início da greve, na quarta-feira, 55 ônibus já foram depredados.

No acordo proposto pelas empresas, elas condicionavam o fim imediato da greve com a recontratação de cobradores demitidos em decorrência da instalação das catracas eletrônicas. A proposta das empresas, segundo a assessoria da Transurb, previa a recontratação de 50 cobradores por mês até dezembro.

Segundo Geraldo Diniz, diretor de comunicação do sindicato dos condutores, os funcionários não aceitaram a proposta pois suas reivindicações vão além da recontratação de demitidos. "Os trabalhadores reclamam também de irregularidades no pagamento dos salários como horas extras fora do holerite e caixa dois nas empresas", disse Diniz. As empresas negam a acusação.

Na próxima segunda-feira (10) deve ocorrer uma nova reunião entre os sindicatos para se tentar chegar a um acordo.

Ontem o TRT aceitou uma ação cautelar do Ministério Público de São Paulo determinando que 70% da frota volte a circular. A decisão deveria ser cumprida imediatamente. O Transurb informou que distribuiu cartas aos funcionários informando da decisão mas as empresas continuam sem circular.

Nesta segunda deve ser julgado pelo TRT o dissídio de greve apresentado pelo Transurb que deve decidir se a greve dos motoristas e cobradores é legal.

Segundo o sindicato, a partir da próxima semana, os diretores vão começar a impedir que os ônibus circulem sem cobradores. "Vamos pedir que os motoristas não saiam das empresas se estiverem sem cobradores", disse Diniz. Ele diz que entre 10 e 15 empresas de ônibus em São Paulo não estão cumprindo a determinação da Secretaria dos Transportes que obriga que todos os motoristas tenham um auxiliar.

"Tem motorista sendo agredido e muita gente tem pulado a catraca depois que circulam sem cobradores", disse o diretor do sindicato.

(Sílvia Freire)

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