Publicidade
Publicidade
20/12/2001
-
11h27
da Folha de S. Paulo, no Rio
No Brasil, nascem mais homens, mas eles sobrevivem menos que as mulheres e, a partir dos 20 anos, passam a ser minoria. Na população de zero a quatro anos, há um excedente de 278 mil homens, que vai caindo a cada ano, até que, na população de 20 anos, as mulheres passam a ter um excedente de 3.300 pessoas. A partir daí, a "vantagem" só aumenta.
Resultados preliminares do censo divulgados no final do ano passado já tinham revelado que a diferença entre mulheres e homens havia aumentado de 1991 para 2000. No início da década, havia 97,5 homens para cem mulheres. Em 2000, a relação passou a ser de 96,93 por cem.
A principal explicação para que as mulheres passem a ser maioria a partir dos 20 anos é a alta taxa de mortalidade por causa externa de homens jovens.
Estudo dos pesquisadores do IBGE Juarez de Castro Oliveira e Fernando Roberto Albuquerque, divulgado no início do mês, mostra que, em 2000, a chance de um homem morrer dos 20 aos 25 anos é 3,5 vezes a de uma mulher da mesma idade. Essa razão, chamada de sobremortalidade masculina, foi intensificada na década de 90. Em 1991, a chance de um homem morrer dos 20 aos 25 anos era 3,15 vezes a de uma mulher da mesma idade.
O aumento no número de jovens do século masculino mortos causa o que a professora da UFF (Universidade Federal Fluminense) Hildete Pereira de Melo classifica como "hiato demográfico" na faixa etária jovem. "A população masculina nessa idade morre principalmente por armas de fogo e acidentes. Não são doenças naturais, o que acaba causando um desequilíbrio na população."
Para ela, o estereótipo da masculinidade do homem é um dos fatores que contribui para elevar as mortes entre jovens. "Enquanto as mulheres foram educadas para dizer sim e ser submissas, os homens são ensinados a ser corajosos e destemidos, o que acaba incentivando a violência."
Leia mais:
Brasil está mais velho, mais feminino e mais alfabetizado
Grupo de pessoas com mais de 65 anos aumentou 21%
País tem mais de 20 mil centenários, segundo Censo 2000
Mulher é a responsável por uma em cada quatro moradias
Analfabeto funcional chefia 34,7% das famílias do país
Maranhão ainda tem o pior rendimento médio mensal
No Piauí, 42,9% dos domicílios não têm banheiro ou sanitário
Corte de verbas atrasa ampliação de serviços de água e esgoto
Em São Paulo, zona sul tem menor crescimento de renda
Dados definem repasses de verbas e número de deputados
Nascem mais homens, mas mulheres viram maioria na faixa dos 20 anos
Publicidade
No Brasil, nascem mais homens, mas eles sobrevivem menos que as mulheres e, a partir dos 20 anos, passam a ser minoria. Na população de zero a quatro anos, há um excedente de 278 mil homens, que vai caindo a cada ano, até que, na população de 20 anos, as mulheres passam a ter um excedente de 3.300 pessoas. A partir daí, a "vantagem" só aumenta.
Resultados preliminares do censo divulgados no final do ano passado já tinham revelado que a diferença entre mulheres e homens havia aumentado de 1991 para 2000. No início da década, havia 97,5 homens para cem mulheres. Em 2000, a relação passou a ser de 96,93 por cem.
A principal explicação para que as mulheres passem a ser maioria a partir dos 20 anos é a alta taxa de mortalidade por causa externa de homens jovens.
Estudo dos pesquisadores do IBGE Juarez de Castro Oliveira e Fernando Roberto Albuquerque, divulgado no início do mês, mostra que, em 2000, a chance de um homem morrer dos 20 aos 25 anos é 3,5 vezes a de uma mulher da mesma idade. Essa razão, chamada de sobremortalidade masculina, foi intensificada na década de 90. Em 1991, a chance de um homem morrer dos 20 aos 25 anos era 3,15 vezes a de uma mulher da mesma idade.
O aumento no número de jovens do século masculino mortos causa o que a professora da UFF (Universidade Federal Fluminense) Hildete Pereira de Melo classifica como "hiato demográfico" na faixa etária jovem. "A população masculina nessa idade morre principalmente por armas de fogo e acidentes. Não são doenças naturais, o que acaba causando um desequilíbrio na população."
Para ela, o estereótipo da masculinidade do homem é um dos fatores que contribui para elevar as mortes entre jovens. "Enquanto as mulheres foram educadas para dizer sim e ser submissas, os homens são ensinados a ser corajosos e destemidos, o que acaba incentivando a violência."
Leia mais:
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice