STJ mantém prisão de dupla envolvida em furto do BC de Fortaleza

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve a prisão preventiva de dois acusados de envolvimento no furto ao BC (Banco Central) de Fortaleza, em agosto de 2005. A decisão foi anunciada na quinta-feira (7).

Com a decisão do STJ, Lucilane Laurindo da Costa e Veriano Laurindo da Costa vão continuar presos. O STJ negou liminar que buscava a revogação da prisão preventiva dos dois.

Segundo o STJ, a prisão de Lucilane foi mantida porque notícias divulgadas pela imprensa informavam que ela ajudou a quadrilha na lavagem de parte do dinheiro roubado. Costa, de acordo com o STJ, ajudou a esconder o dinheiro furtado.

Para a lavagem do dinheiro, a dupla usava pequenos estabelecimentos comerciais como fachada. Eles estão detidos em São Paulo.

Ao menos 36 pessoas já foram identificadas e indiciadas por suspeita de participação ao furto do BC de Fortaleza. Os envolvidos são do Rio Grande do Sul, São Paulo e do Ceará.

O furto à sede do BC em Fortaleza foi o maior da história do país. O crime aconteceu entre os dias 5 e 6 de agosto de 2005. Foram levados, ao todo, R$ 164,8 milhões em cédulas de R$ 50 que somavam aproximadamente 3,5 toneladas.

Os ladrões surpreenderam a polícia por sua engenhosidade. Eles invadiram a caixa-forte do banco por meio de um túnel cavado a partir de uma casa da região. O imóvel foi reformado e as escavações ocorriam sob a fachada de uma empresa de gramas sintéticas, o que justificava a saída de terra.

O túnel usado tinha cerca de 80 metros de extensão e era revestido de madeira e lona plástica. Ele contava ainda com sistemas de iluminação elétrica e ventilação. Quando atingiram a caixa-forte, os ladrões ainda perfuraram o piso de 1,1 metro de espessura.