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10/07/2000 - 17h19

Agressões na Febem de Franco da Rocha são denunciadas ao MP

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LEONARDO FUHRMANN, repórter da Folha Online

Representando o Conselho de Defesa da Criança e do Adolescente do Belém, zona leste de São Paulo, o Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana e a Pastoral do Menor, o padre Júlio Lancellotti entregou ao Ministério Público na tarde desta segunda-feira (10) uma denúncia de agressões sofridas por internos da Febem (Fundação Estadual de Bem-Estar do Menor) de Franco da Rocha, na Grande São Paulo.

Os espancamentos teriam ocorrido na madrugada de sábado e foram observadas pelas mães durante a visita. Lancellotti e Ariel de Castro Alves, do Movimento Nacional de Direitos Humanos, foram no domingo ao local e encontraram cerca de 45 adolescentes feridos.

As agressões teriam ocorrido na ala G da unidade 31, onde estariam 55 infratores. Um dos garotos agredidos estaria internado em um hospital da cidade por causa das agressões. Outros teriam passado pelo hospital para tomar pontos na cabeça.

Os adolescentes contaram ao padre que o problema começou às 22h de sexta-feira. Eles não teriam respeitado o horário de dormir e começaram a gritar
e a balançar as grades. "Mascarados e armados com pedaços de pau e barras de ferro, os ninjas (monitores que costumam agredir os garotos) invadiram as celas e começaram a agressão", afirmou Lancellotti.

Depois da agressão, os adolescentes teriam sido colocados no pátio interno só de cueca e foram lavados com a água da mangueira de um hidrante. O grupo teria molhado também os colchões e cobertores dos menores.

Eles teriam sido obrigados depois a dormir usando colchões e cobertas molhados. Algumas mães de internos foram à paróquia São Miguel Arcanjo, onde trabalha o padre Lancellotti, para avisá-lo das agressões.

O diretor da unidade de Franco da Rocha, Antônio Fernandes da Silva, já havia sido afastado no dia 5 de junho, acusado de agredir adolescentes quando trabalhava no extinto complexo Imigrantes, na zona sul da capital. Ele retornou ao cargo quatro dias depois.

No dia 1º do mesmo mês já haviam sido denunciados por integrantes da Justiça maus tratos sofridos por internos da unidade. Segundo o relatório, casos de agressão aconteciam lá e os adolescentes viviam confinados.

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