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03/01/2002
-
21h36
da Agência Folha
Depois de seis meses de estiagem, quatro municípios do Cariri, área mais seca do Ceará, vão solicitar ao governo do Estado a prorrogação do decreto de estado de calamidade pública. Dessa vez, o motivo não é o sol forte, mas as chuvas que atingiram a região.
O chefe do Departamento de Meteorologia da Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), Antônio Geraldo Ferreira, disse que choveu 155,2 mm no Cariri, no mês de dezembro de 2001. A média histórica da região é de 58 mm. A previsão para os próximos dias é de chuva forte.
A enchente já destruiu 117 casas nos municípios de Porteiras, Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte. As prefeituras informaram que pelo menos 80% dessas casas eram de taipa, construídas com barro e cipó. As cerca de 180 famílias desabrigadas foram deslocadas para escolas e creches da região. Não foi registrado nenhum caso de morte.
De acordo com o prefeito de Porteiras (530 km de Fortaleza), Fábio Pinheiro Cardoso (PSD), 32 casas da zona urbana foram destruídas e outras 40 podem desabar a qualquer momento. As famílias que moram na zona rural estão ilhadas. Não é possível saber o número de desabrigados e de imóveis destruídos.
"Estamos recebendo, mensalmente, 2.300 cestas básicas por causa da estiagem. Agora, com a chuva, toda a lavoura de subsistência foi destruída. Queremos, pelo menos, que o governo mantenha a liberação das cestas", declarou.
Em Brejo Santo (540 km de Fortaleza), 53 casas desabaram e 90 podem cair, segundo a assistente social Eleomar Macedo. A prefeitura afirmou que 4.200 metros de pavimentação foram destruídos. As perdas giram em torno de R$ 500 mil.
A secretária de Ação Social do Crato (município a 575 km de Fortaleza), Joana Pedrosa, disse que até novembro do ano passado o prefeito convivia com saques e invasões a centros sociais por conta da fome provocada pela estiagem. "Nossos problemas agora foram provocados pelo excesso de chuva."
A prefeitura de Juazeiro do Norte contabilizou 12 casas destruídas. Os prejuízos não foram calculados.
O coordenador estadual de Defesa Civil, João Alfredo Pinheiro, disse que o diagnóstico da situação do Cariri será concluído na próxima segunda-feira. Somente depois dessa apuração o governo homologará ou não o pedido de decretação de estado de calamidade nos municípios da região.
Leia mais sobre as chuvas
Área mais seca do CE está em calamidade pública por causa da chuva
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Depois de seis meses de estiagem, quatro municípios do Cariri, área mais seca do Ceará, vão solicitar ao governo do Estado a prorrogação do decreto de estado de calamidade pública. Dessa vez, o motivo não é o sol forte, mas as chuvas que atingiram a região.
O chefe do Departamento de Meteorologia da Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), Antônio Geraldo Ferreira, disse que choveu 155,2 mm no Cariri, no mês de dezembro de 2001. A média histórica da região é de 58 mm. A previsão para os próximos dias é de chuva forte.
A enchente já destruiu 117 casas nos municípios de Porteiras, Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte. As prefeituras informaram que pelo menos 80% dessas casas eram de taipa, construídas com barro e cipó. As cerca de 180 famílias desabrigadas foram deslocadas para escolas e creches da região. Não foi registrado nenhum caso de morte.
De acordo com o prefeito de Porteiras (530 km de Fortaleza), Fábio Pinheiro Cardoso (PSD), 32 casas da zona urbana foram destruídas e outras 40 podem desabar a qualquer momento. As famílias que moram na zona rural estão ilhadas. Não é possível saber o número de desabrigados e de imóveis destruídos.
"Estamos recebendo, mensalmente, 2.300 cestas básicas por causa da estiagem. Agora, com a chuva, toda a lavoura de subsistência foi destruída. Queremos, pelo menos, que o governo mantenha a liberação das cestas", declarou.
Em Brejo Santo (540 km de Fortaleza), 53 casas desabaram e 90 podem cair, segundo a assistente social Eleomar Macedo. A prefeitura afirmou que 4.200 metros de pavimentação foram destruídos. As perdas giram em torno de R$ 500 mil.
A secretária de Ação Social do Crato (município a 575 km de Fortaleza), Joana Pedrosa, disse que até novembro do ano passado o prefeito convivia com saques e invasões a centros sociais por conta da fome provocada pela estiagem. "Nossos problemas agora foram provocados pelo excesso de chuva."
A prefeitura de Juazeiro do Norte contabilizou 12 casas destruídas. Os prejuízos não foram calculados.
O coordenador estadual de Defesa Civil, João Alfredo Pinheiro, disse que o diagnóstico da situação do Cariri será concluído na próxima segunda-feira. Somente depois dessa apuração o governo homologará ou não o pedido de decretação de estado de calamidade nos municípios da região.
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