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08/01/2002 - 23h47

Governador da Bahia pune PMs amotinados e não negocia com grevistas

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da Agência Folha

O governador da Bahia César Borges (PFL) determinou punição para os policiais envolvidos no motim de hoje. "Trata-se de uma insubordinação que revelou absoluta transgressão do Código Militar e, portanto, os amotinados serão punidos dentro da lei e do regulamento da Polícia Militar", disse.

O governador não deu sinais de que pretenda negociar com os policiais que iniciaram uma greve nesta terça-feira. Ele disse que, com exceção do piso unificado de R$ 1.200 para as duas categorias, todas as reivindicações feitas pelos policiais civis e militares foram atendidas após a primeira greve, em julho do ano passado.

Policiais civis e parte dos PMs de Salvador (BA) entraram hoje em greve, seis meses depois de terem participado da maior paralisação conjunta das corporações no Estado. A intenção dos grevistas é estender o movimento para o interior. Houve troca de tiros em um dos três batalhões onde soldados haviam se aquartelado.

Inconformados com as prisões de cinco colegas ontem, que teriam usado rádios da patrulha para convocar uma assembléia, 1.300 policiais militares do 8º e 5º Batalhões e da 40ª Companhia Independente, todos de Salvador, se aquartelaram pela manhã.

À tarde, cerca de 3.000 policiais civis da capital aderiram ao movimento. A principal reivindicação dos grevistas é um salário-base unificado de R$ 1.200. Hoje o menor salário com gratificações na PM é de R$ 732 e na Civil, de R$ 847. Além disso, pedem reintegração de policiais exonerados por terem participado da greve de julho e libertação dos soldados presos ontem.

Segundo César Borges, após a paralisação de julho, ficou estabelecido que o governo concederia às polícias 10% de reajuste salarial (no ano passado) e mais 10% este ano. "O governo cumpriu integralmente os compromissos assumidos", afirmou.

Entre as reivindicações das duas polícias que teriam sido atendidas pelo governo estão o fornecimento de fardamento gratuito para todos os integrantes da corporação, auxílio-alimentação de R$ 80 por mês, ampliação do seguro de vida ou invalidez para R$ 50 mil após um ano de vigência do contrato atual, reabertura do hospital da PM e garantia de acesso exclusivo dos filhos de policiais militares à Escola Militar.

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