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18/01/2002
-
05h17
da Folha de S.Paulo
Cabos de aço serão colocados sobre quadras em presídios e os policiais das muralhas serão orientados a dar tiros de advertência para helicópteros, e até contra eles, caso sobrevoem penitenciárias em São Paulo.
Essas foram as primeiras medidas anunciadas ontem pela Secretaria da Segurança Pública e pela Polícia Militar, depois do resgate de presos em Guarulhos.
"Foi evidentemente uma ação ousada, que nunca tinha acontecido no Estado. Vamos caçar e prender essa gente", afirmou o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.
Nos próximos dias, a secretaria irá começar a colocar cabos sobre áreas onde helicópteros podem pousar, dentro dos presídios. Furukawa acredita que esses obstáculos vão impedir o pouso.
Já a Polícia Militar informou que irá orientar seu efetivo nos presídios a vigiar a aproximação de helicópteros. Portaria do DAC (Departamento de Aviação Civil) proíbe que esse tipo de aeronave sobrevoe cadeias e penitenciárias.
"Daqui para frente, mesmo simulando pane, serão dados tiros de advertência. E quem sabe até tiros contra os helicópteros, dependendo da aproximação", disse o tenente-coronel Paulo César Máximo, comandante-interino do policiamento metropolitano. Tanto a secretaria quanto a Polícia Militar deram início a investigações internas para saber se houve facilitação da fuga.
Paralelo a isso, há um inquérito policial em andamento, desde ontem, no 8º DP de Guarulhos.
Avaliação
"No presente momento, não tenho indícios de falhas ou conivência de funcionários", disse Nagashi. Segundo ele, os presos foram resgatados onde costumavam ficar. ""Eles não foram levados para lá e daí fugiram."
O secretário evitou polemizar de quem seria a falha, ao ser questionado se não seria necessário ter armas mais pesadas com os PMs das muralhas externas.
O tenente-coronel Máximo também não acredita em facilitação de fuga por parte de seus policiais. ""Em princípio, pelo que vimos, não há como cogitar isso."
Os quatro policiais que estavam vigiando as muralhas, segundo ele, tinham armas necessárias para impedir uma fuga convencional, pelos muros ou resgates por terra. Cada PM carregava um revólver 38 na cintura e uma carabina do mesmo calibre, cujo alcance é de cem metros. "Os dois que atiraram estavam a menos de quarenta metros do helicóptero [sobre os muros]", afirmou.
Ontem mesmo, os policiais da vigilância externa seriam ouvidos pela Corregedoria da Polícia Militar. Não se falou em afastamentos de funcionários ou PMs.
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Cabos de aço serão colocados sobre quadras em presídios e os policiais das muralhas serão orientados a dar tiros de advertência para helicópteros, e até contra eles, caso sobrevoem penitenciárias em São Paulo.
Essas foram as primeiras medidas anunciadas ontem pela Secretaria da Segurança Pública e pela Polícia Militar, depois do resgate de presos em Guarulhos.
"Foi evidentemente uma ação ousada, que nunca tinha acontecido no Estado. Vamos caçar e prender essa gente", afirmou o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.
Nos próximos dias, a secretaria irá começar a colocar cabos sobre áreas onde helicópteros podem pousar, dentro dos presídios. Furukawa acredita que esses obstáculos vão impedir o pouso.
Já a Polícia Militar informou que irá orientar seu efetivo nos presídios a vigiar a aproximação de helicópteros. Portaria do DAC (Departamento de Aviação Civil) proíbe que esse tipo de aeronave sobrevoe cadeias e penitenciárias.
"Daqui para frente, mesmo simulando pane, serão dados tiros de advertência. E quem sabe até tiros contra os helicópteros, dependendo da aproximação", disse o tenente-coronel Paulo César Máximo, comandante-interino do policiamento metropolitano. Tanto a secretaria quanto a Polícia Militar deram início a investigações internas para saber se houve facilitação da fuga.
Paralelo a isso, há um inquérito policial em andamento, desde ontem, no 8º DP de Guarulhos.
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"No presente momento, não tenho indícios de falhas ou conivência de funcionários", disse Nagashi. Segundo ele, os presos foram resgatados onde costumavam ficar. ""Eles não foram levados para lá e daí fugiram."
O secretário evitou polemizar de quem seria a falha, ao ser questionado se não seria necessário ter armas mais pesadas com os PMs das muralhas externas.
O tenente-coronel Máximo também não acredita em facilitação de fuga por parte de seus policiais. ""Em princípio, pelo que vimos, não há como cogitar isso."
Os quatro policiais que estavam vigiando as muralhas, segundo ele, tinham armas necessárias para impedir uma fuga convencional, pelos muros ou resgates por terra. Cada PM carregava um revólver 38 na cintura e uma carabina do mesmo calibre, cujo alcance é de cem metros. "Os dois que atiraram estavam a menos de quarenta metros do helicóptero [sobre os muros]", afirmou.
Ontem mesmo, os policiais da vigilância externa seriam ouvidos pela Corregedoria da Polícia Militar. Não se falou em afastamentos de funcionários ou PMs.
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