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11/07/2000 - 21h36

Júri começa a decidir se brasileiro será condenado à morte nos EUA

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ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR, enviado especial a Modesto (EUA)

Um júri de 12 pessoas começa a decidir amanhã em Modesto (Califórnia, EUA) se condena o goiano Wedson Rosa de Morais à morte ou à prisão perpétua.

Em janeiro de 1997, ele matou a facadas o casal de professores aposentados Gerrald, 79, e Amelia Hunt, 79, avós da mulher dele.

As sessões começaram segunda-feira, marcadas por tensão entre a família do brasileiro e Nicholas Palmisano, advogado de defesa. Para os parentes, Palmisano se mostra desinteressado e sem preparo. Ele quase não tem contato com Wedson, e, nas últimas semanas, distanciou-se também dos diplomatas brasileiros que acompanham o caso.

A partir desta quarta, às 13h30 em Brasília, vão depor as duas testemunhas da defesa: um psiquiatra e uma tia do réu, Luzinete de Morais Veríssimo. Os jurados se reúnem depois do almoço. Em março, o mesmo júri levou pouco mais de uma hora para considerar Wedson culpado.

A etapa atual é para definição da pena.

Na sessão desta terça, falaram as testemunhas da acusação. A sogra do brasileiro, Lois Miranda (que também foi esfaqueada mas sobreviveu), o atual marido dela e três amigos do casal morto. Os depoimentos destacaram as qualidades pessoais das vítimas. Lois descreveu também o drama pessoal e os problemas de saúde que enfrenta desde a morte dos pais.

A advogado de defesa tentou perguntar a Lois, de três maneiras diferentes, como a execução de Wedson melhoraria a saúde dela, mas o juiz rejeitou a questão.

Na saída do tribunal, indagada sobre o que espera, pena de morte ou prisão perpétua, a sogra de Wedson limitou-se a dizer: "Não sei, está nas mãos de Deus''.

O promotor John Goold declarou que pediu a execução porque, "para muitos desses condenados, com o tipo de criação que eles tiveram, a prisão não é tão ruim assim''. Ele acha que Wedson, 36, é um "manipulador'', que agora tenta se passar por doente mental. "Mas os sintomas só começaram depois que ele foi preso.''

Luzinete Veríssmo vai tentar mostrar o contrário. Ele relata um histórico de doenças psiquiátricas na família (a mãe de Wedson tem psicose maníaco-depressiva) e uma série de abusos e violências que Wedson sofreu e/ou presenciou na infância.

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