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23/01/2002 - 21h07

50 suspeitos de co-autoria em sequestros são investigados

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da Folha de S.Paulo, em Campinas

A Polícia de Campinas está montando o organograma da quadrilha liderada por Wanderson Newton de Paula Lima, 23, o Andinho, acusado de comandar nove dos 39 sequestros ocorridos nas região de Campinas em 2001.

O organograma completo começa a ser feito quase um ano após o registro do primeiro sequestro atribuído a Andinho, em fevereiro de 2001 e deverá estar pronto em uma semana.

A reportagem apurou que as investigações para "montar" o quadro completo da quadrilha levam em consideração pelo menos 50 co-autores de sequestros na região de Campinas que podem ter atuado em crimes junto com o grupo, segundo investigações da Deas (Delegacia Especializada Anti-Sequestro).

Andinho, criminoso mais procurado da região, é acusado pelo assassinato da dona-de-casa Rosana Rangel Melotti, morta diante da casa em que morava, em Campinas, no último dia 10 após passar seis dias em cativeiro.

Oito integrantes já estariam identificados como membros fixos do grupo.

Segundo o levantamento que está sendo feito pela polícia, o número de integrantes do bando aumentou no último mês, passando de dez integrantes "fixos" para 15. "Eles estão muito mais estruturados hoje do que antes", declarou o delegado titular da Deas, Joel Antônio dos Santos.

Além de Andinho, a quadrilha é comandada por Cristiano Nascimento de Faria, 25, que fugiu do CDP (Centro de Detenção Provisória) do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia, no último dia 1º. Ele é apontado como braço direito de Andinho.

Outro líder é Edmar Carlos Bazilato, 35, segundo a Deas. Ele está preso na Penitenciária 2, em Hortolândia.

Também fazem parte da quadrilha, segundo as investigações da polícia, Fábio Conti, 23, Roberto Custódio Júnior, 32, Rubens Pereira da Silva, 25, Romilson Rosa Tosti, 34, e Sandrinho. A polícia não tem outras informações a respeito de Sandrinho.

Conti, Custódio Júnior, Silva e Tosti fugiram do CDP junto com Faria na noite do dia 1º deste mês. Silva, conhecido como Rubão, foi recapturado na megablitz realizada pelas polícia Civil e Militar de Campinas e de São Paulo na manhã do último dia 15.

Os integrantes considerados "segundo escalão" dentro da quadrilha servem para capturar as vítimas e tomar conta de cativeiros. As negociações e o recebimento do pagamento de resgate, geralmente, são feitos pelo próprio Andinho, segundo a polícia.

O Ministério Público de Campinas ouviu Rubão na tarde desta quarta-feira. Ele negou ter dito à polícia que o PCC (Primeiro Comando da Capital) pagou R$ 40 mil pela fuga dele e de outros cinco integrantes da quadrilha no dia 1º (leia texto nesta página).

De acordo com o delegado titular da Deas, mesmo com um dos líderes preso, a quadrilha pode manter o funcionamento. A polícia acredita que a quadrilha de Andinho esteja mantendo pelo menos uma pessoa em cativeiro em Campinas.

Estrutura
Segundo o delegado, a estrutura da quadrilha permite que a sequência dos sequestros seja mantida, pois os crimes nunca são cometidos por mais de três ou quatro membros, sempre terceirizando serviços, como aluguel de chácaras para cativeiros e manutenção das vítimas.

As negociações e, principalmente, o recebimento do resgate são sempre feitos por membros fixos da quadrilha. Além do sequestro que está em andamento, em Campinas, outro caso acontece em Pedreira.

Pelo menos 50 policiais do Deic (Departamento de Investigações Criminais) de São Paulo estão na região desde ontem para investigar supostos cativeiros.
 

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