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26/01/2002 - 16h31

PF prende carcereiro suspeito de enviar ameaças a petistas

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ALESSANDRA KORMANN
da Agência Folha

A Polícia Federal de Santos prendeu na manhã de hoje um suspeito de ser o autor das mensagens eletrônicas com ameaças enviadas a parlamentares do PT.

Os e-mails eram atribuídos à Farb (Frente de Ação Revolucionária Brasileira) e, além de ameaças, assumiam a autoria do assassinato do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, ocorrido em setembro passado.

Em outro e-mail enviado ao presidente do PT, José Dirceu, no sábado retrasado, a Farb reivindica a autoria do sequestro de Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André assassinado no fim-de-semana passado. O texto, no entanto, dizia que ele não seria morto.

O detido se chama Edson Simões Amparo, 50, e é carcereiro. No momento, ele está afastado do trabalho por problemas médicos.

Em sua casa, em Vicente de Carvalho (Guarujá), a PF apreendeu dois computadores e papéis manuscritos com endereços eletrônicos dos parlamentares que receberam ameaças, como o deputado José Genoino (PT-SP) e a senadora Heloísa Helena (PT-AL).

Há suspeita de que o filho de Amparo, de 15 anos, tenha participado do envio de e-mails. Ele foi ouvido hoje. Segundo o delegado Antonio Viana, o rapaz é acusado de ter enviado ameaças por e-mail a políticos locais há cerca de um mês. Já há outro inquérito apurando o caso.

"Tudo leva a crer que Amparo ou alguém da sua casa tenha enviado as ameaças", disse. De acordo com o policial, o carcereiro nega que tenha mandado os e-mails. Ele não pôde ser ouvido.

A Justiça Federal determinou a prisão provisória por cinco dias do acusado. Como não há carceragem na PF de Santos, ele iria ser levado para um presídio da cidade ou transferido para São Paulo.

A Polícia Federal chegou até o acusado por meio de rastreamento dos e-mails ameaçadores. Peritos constataram que eles foram enviados por meio do provedor Tribuna de Santos, através do site www.cnol.com.br (Congresso Nacional On Line), que fornece o endereço eletrônico de parlamentares.

A pedido da PF, o provedor forneceu o IP (protocolo de internet, número que identifica a origem da conexão), por meio do qual foi possível identificar Amparo.

Durante à tarde, ele foi para o presídio da Polícia Civil, em São Paulo

Leia mais sobre o assassinato de Celso Daniel
 

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