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27/01/2002 - 08h47

Após atentado, prefeito de Cubatão recebe duas ameaças

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da Agência Folha

Quase sete meses depois de levar três tiros em um atentado que o manteve hospitalizado durante 14 dias, o prefeito de Cubatão (SP), Clermont Silveira Castor (PL), diz ter voltado a sofrer ameaças de morte.

Segundo ele, as ameaças são decorrência da 'impunidade' -até a última sexta-feira, os autores do crime ainda não tinham sido identificados pela polícia.

"A morosidade é comprometedora. As pessoas envolvidas estão aí, soltas. Recentemente, recebi duas ameaças pelo 156, o telefone do prefeito. Isso dá uma intranquilidade muito grande", disse.

Suspeita

Castor, que desde o atentado utiliza um carro blindado e é acompanhado por seguranças da Polícia Civil, disse acreditar que a tentativa de assassinato que sofreu teve motivação política, apesar de não ter provas do fato.

Na ocasião, na noite de 2 de julho do ano passado, ele estava em um carro da prefeitura, acompanhado do motorista, quando um Corsa preto se aproximou e, do interior do veículo, um homem disparou três vezes.

Médico, ex-secretário municipal da Saúde e ex-vereador, Castor foi eleito em 2000, quando disputou sua quarta eleição consecutiva para prefeito -foi derrotado nas três primeiras.

No início da gestão, ele mandou apurar a regularidade de atos cometidos em governos anteriores e também enfrentou uma crise interna na administração devido a divergências entre os secretários dos vários partidos que integram o governo.

Desistência

O atentado que sofreu no ano passado fez o vereador Célio Alves de Souza (PTB), de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, desistir da vida política e resolver mudar de cidade. Ele está em seu terceiro mandato.

"Se Deus quiser, esse é meu último mandato. Foi a pior profissão que arrumei na vida. Vou ficar até o final só para não fazer feio com os eleitores. Minha paz e tranquilidade acabaram", diz o vereador, mais conhecido como Celião.

No dia 9 de junho do ano passado, por volta de 3h30, uma bomba foi atirada contra a sua casa. O artefato bateu em um pinheiro e parou a cerca de 20 metros da porta da cozinha, quando explodiu.

Mesmo assim, o estrago foi grande: todos os vidros da casa se quebraram, portas e janelas foram arrancadas, estilhaços abriram buracos nas paredes e o carro do vereador, um Fiat Tipo, que estava na frente da casa, ficou totalmente destruído.

Na hora do atentado, Celião, sua mulher, seus três filhos e a empregada estavam dormindo. Ninguém se feriu.

As investigações estão sendo feitas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Segundo o vereador, já há um forte suspeito, mas a apuração corre em sigilo.

Leia mais sobre o assassinato de Celso Daniel
 

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