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12/07/2000
-
03h56
GABRIELA SCHEINBERG, da Folha de S.Paulo
Dados preliminares de dois estudos dos EUA indicam que portadores do HIV poderão, em breve, reduzir pela metade o número de pílulas diárias que consomem.
A novidade é dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), que estão estudando novos esquemas terapêuticos do coquetel anti-Aids. Experiências serão realizadas em Porto Alegre ainda neste ano.
"Isso representará não só uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, que não precisarão tomar o coquetel todos os dias, como uma redução de 50% nos custos do tratamento", disse Anthony Fauci, diretor do setor de doenças infecciosas do NIH.
Fauci está estudando dois esquemas. O primeiro consiste em tomar o coquetel durante dois meses e interromper durante um mês. O segundo prevê a administração das drogas durante uma semana e interrupção durante a semana seguinte.
Toda vez que um paciente pára de tomar o coquetel, os níveis do HIV no sangue sobem. No entanto, Fauci observou que, dos pacientes investigados, todos que tiveram um aumento ao interromper as drogas voltaram a ter níveis indetectáveis do vírus quando retomaram o coquetel.
O próximo passo do estudo, divulgado ontem no 13º Congresso Mundial de Aids, em Durban, na África do Sul, será avaliar se o esquema terapêutico funciona para pacientes infectados por todas as cepas do HIV. Para isso, ele contará com a colaboração de Mauro Schechter, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O estudo será realizado em Porto Alegre, região onde circula um número maior de cepas B e C do HIV. "O estudo incluirá 46 pacientes e deve começar nos próximos meses", informou Schechter, o único brasileiro até hoje a participar da principal palestra de um congresso mundial de Aids.
Perigo
O vilão dessa nova terapia é a resistência do vírus aos medicamentos. "Até o momento, o HIV não ficou resistente nos pacientes observados. Mas estamos mantendo os pacientes em observação", afirmou Fauci.
Todos os pacientes que hoje consomem o coquetel e têm níveis indetectáveis do HIV poderão ser candidatos a esse novo regime terapêutico.
Fauci alertou, no entanto, que os dados são preliminares e que é preciso esperar o estudo acabar para começar a receitar esse esquema terapêutico. Ele avalia um prazo de mais um ano e meio.
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Redução do consumo de remédios é testada
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Dados preliminares de dois estudos dos EUA indicam que portadores do HIV poderão, em breve, reduzir pela metade o número de pílulas diárias que consomem.
A novidade é dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), que estão estudando novos esquemas terapêuticos do coquetel anti-Aids. Experiências serão realizadas em Porto Alegre ainda neste ano.
"Isso representará não só uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, que não precisarão tomar o coquetel todos os dias, como uma redução de 50% nos custos do tratamento", disse Anthony Fauci, diretor do setor de doenças infecciosas do NIH.
Fauci está estudando dois esquemas. O primeiro consiste em tomar o coquetel durante dois meses e interromper durante um mês. O segundo prevê a administração das drogas durante uma semana e interrupção durante a semana seguinte.
Toda vez que um paciente pára de tomar o coquetel, os níveis do HIV no sangue sobem. No entanto, Fauci observou que, dos pacientes investigados, todos que tiveram um aumento ao interromper as drogas voltaram a ter níveis indetectáveis do vírus quando retomaram o coquetel.
O próximo passo do estudo, divulgado ontem no 13º Congresso Mundial de Aids, em Durban, na África do Sul, será avaliar se o esquema terapêutico funciona para pacientes infectados por todas as cepas do HIV. Para isso, ele contará com a colaboração de Mauro Schechter, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O estudo será realizado em Porto Alegre, região onde circula um número maior de cepas B e C do HIV. "O estudo incluirá 46 pacientes e deve começar nos próximos meses", informou Schechter, o único brasileiro até hoje a participar da principal palestra de um congresso mundial de Aids.
Perigo
O vilão dessa nova terapia é a resistência do vírus aos medicamentos. "Até o momento, o HIV não ficou resistente nos pacientes observados. Mas estamos mantendo os pacientes em observação", afirmou Fauci.
Todos os pacientes que hoje consomem o coquetel e têm níveis indetectáveis do HIV poderão ser candidatos a esse novo regime terapêutico.
Fauci alertou, no entanto, que os dados são preliminares e que é preciso esperar o estudo acabar para começar a receitar esse esquema terapêutico. Ele avalia um prazo de mais um ano e meio.
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