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01/02/2002 - 13h57

Preso um dos suspeitos de mandar assassinar promotor em MG

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da Agência Folha

O Grupo de Ações Táticas da Polícia Militar de Minas Gerais prendeu na madrugada desta sexta-feira, sob a suspeita de envolvimento no assassinato do promotor de Justiça Francisco José Lins do Rego Santos, um dos proprietários de uma rede de postos de combustível do Estado.

Luciano Farah, que juntamente com dois irmãos dirige a Rede West Combustíveis, com cinco postos no Estado, foi preso na zona sul de Belo Horizonte e levado para a Delegacia de Operações Especiais da Polícia Civil, onde seria interrogado.

Ele teve sua prisão temporária decretada na quarta-feira pela Justiça a pedido de membros do grupo (Ministério Público e polícias Civil, Militar e Federal) que investiga o assassinato do promotor, morto com vários tiros no dia 25, em plena luz do dia.

Além de Farah, quatro policiais militares estão desde hoje detidos no 18º Batalhão da PM sob acusação de fazerem "bicos" como seguranças da rede. A polícia apreendeu ainda dois caminhões que transportavam combustíveis para os postos da West.

O advogado da rede, Marcelo Ferreira de Melo, informou que entraria com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça. A família Farah disse que não se pronunciaria sobre o caso.

O promotor Francisco Lins Santos _assassinado dentro do carro por tiros disparados pelo ocupante da garupa de uma motocicleta_ investigava a existência de uma suposta máfia de adulteração de combustíveis no Estado, o que envolveria também sonegação fiscal.

Entre outros postos, os da rede West chegaram a ser interditados no ano passado, sendo que, dos cinco, quatro já voltaram a funcionar devido a autorização da Justiça.

Um fato que levantou suspeitas sobre Farah foi a discussão que ele teve com o promotor assassinado em setembro do ano passado, na ocasião em que Santos acompanhava a interdição de um dos postos da rede.

Como as investigações estão sendo mantidas em sigilo, não havia até o final da tarde de hoje informações sobre o teor do depoimento do empresário nem se os outros dois proprietários da West, Cristiano e Guilherme Farah, estariam também com a prisão decretada.

Apesar disso, é certo que a prisão do empresário é o fato mais importante apresentado pelas autoridades do Estado desde o início das investigações, já que as ações divulgadas anteriormente _como a prisão de um suspeito que se pareceria com o retrato falado, descartado dias depois, do assassino_ não se revelaram importantes.

Paralelamente à investigação sobre a Rede West, as autoridades mineiras continuam apurando uma outra suposta ramificação da quadrilha de combustíveis que seria composta por 11 pessoas, sendo que 8 voltaram a ter a prisão preventiva decretada anteontem. Dessas, duas já se apresentaram à polícia.

 

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