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01/02/2002 - 15h50

Polícia "caça" traficantes envolvidos na morte de Celso Daniel

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RICARDO FELTRIN
Editor de Cotidiano da Folha Online

A polícia já sabe que traficantes estão ligados diretamente ao sequestro e assassinato do prefeito Celso Daniel. No entanto, os policiais ainda não sabem se eles foram os mandantes ou somente os executores do crime. Dois integrantes desse grupo já estariam presos, mas não fariam parte da "cúpula" do bando.

O grupo envolvido é extremamente organizado. A polícia investiga se tem ramificação com outros grupos de narcotraficantes fora de São Paulo e mesmo do país.

Essas informações foram obtidas pela Folha Online na tarde desta quinta-feira junto a um graduado policial civil envolvido na "caça" aos traficantes. Ele pediu para não ter sua identidade revelada.

A pista sobre o envolvimento de traficantes na morte teria sido confirmada pela Polícia Civil na última terça-feira.

Ontem, a polícia estourou um cativeiro na favela Pantanal, na divisa entre Diadema e São Paulo, e divulgou que o dono do imóvel fora expulso por traficantes locais, cerca de um ano atrás. Sabe-se que o local passou a ser usado como cativeiro porque fica num ponto estratégico da favela _há várias rotas de fuga a partir de lá.

No entanto, a polícia não tem nenhuma prova que o local descoberto na favela Pantanal é mesmo o que Celso Daniel foi mantido refém.

Sabe-se que há traficantes na área que fariam sequestros constantemente _muitos a mando de terceiros.

Os policiais não sabem se o sequestro de Celso Daniel foi um crime comum ou se foi "encomendado".

Esse é um dos pontos principais do interrogatório a que os cinco suspeitos já presos estão sendo submetidos. Não foram divulgadas informações sobre os depoimentos.

Celso Daniel foi sequestrado de uma rua da zona sul de SP o dia 18. Durante o dia 19, teria sido mantido em cativeiro (o descoberto em Diadema fica a cerca de 10 km do local do crime).

Em outra linha de investigação, segundo informou hoje a TV Globo, a polícia já teria comprovado, por meio de rastreamento de ligações, que o celular de Celso Daniel esteve na região de Diadema no dia (19) em que ele estava em poder dos sequestradores.

As ligações feitas então para o celular do prefeito por familiares não foram atendidas.

No dia 20, seu corpo foi encontrado com sete tiros, numa estrada de Juquitiba (Grande SP).

Em nenhum momento os criminosos entraram em contato para pedir resgate. Para o policial ouvido pela Folha Online, só pode haver dois motivos para isso: 1) não sabiam quem haviam sequestrado; quando descobriram que era o prefeito, trataram de eliminar a vítima-testemunha; 2) o crime foi encomendado.

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