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02/02/2002 - 23h32

Saiba mais sobre o publicitário Washington Olivetto

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RICARDO FELTRIN
Editor de Cotidiano da Folha Online


Washington Olivetto, que foi libertado hoje após 53 dias sequestrado, estreou no mundo publicitário aos 18 anos, como estagiário em uma agência chamada HGP. De lá passou para outras grandes do setor à época, como a Lince e, mais tarde, a Casabranca. Entrou na DPZ em 73 e só sairia de lá 13 anos mais tarde, em 86, para montar seu primeiro negócio próprio: a W/GGK. Tinha então 35 anos.

A W/GGK se transformaria em W/Brasil três anos depois, quando Olivetto e
seu grupo adquiriram 100% do negócio. Ela viria a ser uma das agências mais premiadas do mundo. O ano passado, por exemplo, levou o Grand Clio 2001 _espécie de "Oscar" da publicidade.

Olivetto é responsável por campanhas que marcaram história na TV, como a
do garoto Bombril (com Carlos Moreno), a dos personagens gordinhos da
Embratel (DDD), o cachorrinho da Cofap (cão cujo nome real é Cebolinha,
"descoberto" em São Caetano do Sul) e o ratinho da Folha de S.Paulo.

Ao contrário da maioria de seus colegas de profissão, o publicitário
decidiu, já no nascimento da W/Brasil, que venderia qualquer produto, exceto candidatos políticos.

"Gosto de vender algo que as pessoas possam devolver à loja, caso não
gostem. Não é o caso de um candidato", costuma dizer.

Mesmo assim, Olivetto é insistentemente procurado por aspirantes a cargos
eleitorais que estão em busca de um, digamos, "norte publicitário". Pode ser só uma lenda: dizem que muitos políticos já se dispuseram a pagá-lo por minuto, só para ouvir suas opiniões ou sugestões.

Nos últimos anos, o publicitário teve sua vida "historiada" pelo
jornalista e escritor Fernando Moraes. A biografia deveria sair em meados do próximo ano. Certamente será adiada.

Olivetto teve dois casamentos, duradouros: um com Ana Luiza, mãe de seu
único filho, Homero, 26; e agora com a produtora e empresária Patrícia
Viotti (da Conspiração Filmes).

Vaidoso, mandou instalar seu busto na agência, localizada no nobre bairro
de Higienópolis. Corintiano (autor de texto no livro histórico do time,
"Camisa 13") e "designer" de uma das camisas do time, o publicitário sempre frequentava os estádios sem seguranças.

Sua única garantia era um carro blindado. Sempre teve mais medo de ser
assaltado em semáforos do que de ser sequestrado.

Sua agência virou tema de um "hit" de Jorge Benjor em 90 (Alô, Alô,
W/Brasil) _de quem ficara amigo anos antes. A homenagem rendeu um disco de ouro a Benjor, e uma música de espera telefônica "personalizada" na
W/Brasil.

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