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06/02/2002
-
05h49
da Folha de S.Paulo
O fato de o cativeiro onde ficou preso o publicitário Washington Olivetto não ter sido preservado adequadamente pode prejudicar o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística.
Quando a equipe de perícia chegou ao local no sábado à noite, segundo apurou a Folha, policiais já tinham "prejudicado" o lugar, na expressão que os peritos utilizam no dia-a-dia, ao revirar gavetas e tocar em roupas e peças que poderiam fornecer digitais, por exemplo, para confronto com pessoas detidas.
Mesmo assim, os peritos recolheram vestígios para análise e todos os bilhetes que encontraram pela casa -pelo tipo da letra, podem descobrir quem os escreveu.
Todo material recolhido no dia serve para confronto: do que vier a ser encontrado com pessoas suspeitas e do que estava no local do crime.
Jornalistas
No domingo de manhã, peritos do Instituto de Criminalística e policiais civis foram uma segunda vez à casa da rua Kansas (Brooklin Novo) para identificar novas pistas. Mas, depois disso, a casa foi revirada por jornalistas e vizinhos, o que inviabilizou uma terceira perícia. No caso da morte do prefeito Celso Daniel, por exemplo, policiais precisaram visitar duas vezes o suposto cativeiro até achar o documento do plano de saúde dele.
Dezenas de pessoas que não tinham nenhuma ligação com a investigação do sequestro de Olivetto puderam revirar armários e gavetas, manipular papéis, correspondências e objetos encontrados dentro de todos os cômodos do sobrado.
Embora tenham dito que todos os materiais considerados importantes foram retirados, à tarde, quando os jornalistas entraram no imóvel, ainda havia uma série de papéis e objetos que poderiam fornecer dicas para localizar os sequestradores.
Por exemplo, notas fiscais de lojas onde eles estiveram dias antes. A Folha observou duas delas. Na última sexta, por exemplo, eles compraram materiais de telefonia em uma loja da rua Santa Ifigênia. Na mesma semana, compraram remédios e lâminas de barbear em uma drogaria da zona sul.
A visita da polícia a essas lojas poderia facilitar a elaboração de retratos falados mais fiéis dos sequestradores envolvidos na ação.
Bilhetes
Domingo à tarde, os jornalistas chegaram a encontrar um bilhete supostamente escrito por Olivetto e que talvez nem tenha sido notado pelos peritos e policiais que estiveram na casa pela manhã. Encontrada em um lixo, a carta dizia que, naquela situação, ele poderia "ter um infarto e morrer".
A imprensa teve acesso ao local com a autorização da Secretaria da Segurança Pública. Alguns moradores também estiveram na casa porque não havia policiais suficientes para controlar a entrada e saída no portão.
Saiba tudo no especial sobre o sequestro de Washington Olivetto
Perícia do cativeiro de Olivetto pode ter sido prejudicada
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O fato de o cativeiro onde ficou preso o publicitário Washington Olivetto não ter sido preservado adequadamente pode prejudicar o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística.
Quando a equipe de perícia chegou ao local no sábado à noite, segundo apurou a Folha, policiais já tinham "prejudicado" o lugar, na expressão que os peritos utilizam no dia-a-dia, ao revirar gavetas e tocar em roupas e peças que poderiam fornecer digitais, por exemplo, para confronto com pessoas detidas.
Mesmo assim, os peritos recolheram vestígios para análise e todos os bilhetes que encontraram pela casa -pelo tipo da letra, podem descobrir quem os escreveu.
Todo material recolhido no dia serve para confronto: do que vier a ser encontrado com pessoas suspeitas e do que estava no local do crime.
Jornalistas
No domingo de manhã, peritos do Instituto de Criminalística e policiais civis foram uma segunda vez à casa da rua Kansas (Brooklin Novo) para identificar novas pistas. Mas, depois disso, a casa foi revirada por jornalistas e vizinhos, o que inviabilizou uma terceira perícia. No caso da morte do prefeito Celso Daniel, por exemplo, policiais precisaram visitar duas vezes o suposto cativeiro até achar o documento do plano de saúde dele.
Dezenas de pessoas que não tinham nenhuma ligação com a investigação do sequestro de Olivetto puderam revirar armários e gavetas, manipular papéis, correspondências e objetos encontrados dentro de todos os cômodos do sobrado.
Embora tenham dito que todos os materiais considerados importantes foram retirados, à tarde, quando os jornalistas entraram no imóvel, ainda havia uma série de papéis e objetos que poderiam fornecer dicas para localizar os sequestradores.
Por exemplo, notas fiscais de lojas onde eles estiveram dias antes. A Folha observou duas delas. Na última sexta, por exemplo, eles compraram materiais de telefonia em uma loja da rua Santa Ifigênia. Na mesma semana, compraram remédios e lâminas de barbear em uma drogaria da zona sul.
A visita da polícia a essas lojas poderia facilitar a elaboração de retratos falados mais fiéis dos sequestradores envolvidos na ação.
Bilhetes
Domingo à tarde, os jornalistas chegaram a encontrar um bilhete supostamente escrito por Olivetto e que talvez nem tenha sido notado pelos peritos e policiais que estiveram na casa pela manhã. Encontrada em um lixo, a carta dizia que, naquela situação, ele poderia "ter um infarto e morrer".
A imprensa teve acesso ao local com a autorização da Secretaria da Segurança Pública. Alguns moradores também estiveram na casa porque não havia policiais suficientes para controlar a entrada e saída no portão.
Saiba tudo no especial sobre o sequestro de Washington Olivetto
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