Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/02/2002 - 13h04

Mesmo com patrocínio, Imperatriz não vai falar sobre Campos

Publicidade

SABRINA PETRY
da Folha de S.Paulo, no Rio

Mesmo com um patrocínio de R$ 1,8 milhão da Prefeitura de Campos, a Imperatriz Leopoldinense não falará da cidade do norte fluminense, reduto do governador Anthony Garotinho (PSB), no desfile da Marquês de Sapucaí.

O enredo "Goytacazes... Tupi or not Tupi in a South American Way", vai falar de tudo, dos índios goitacás, que eram canibais, dos movimentos modernistas e tropicalistas e do Manifesto Antropofágico, menos de Campos. A única referência à cidade no desfile estará no fato de que os índios viveram na região.

No ano passado, quando o prefeito Arnaldo Vianna (PSB) conseguiu, depois de muita campanha, convencer um pool de oito empresas do norte fluminense a colaborar com o patrocínio, a idéia era promover a cidade, atrair investidores e turistas para a região.

À época, ele garantiu que não faltariam elementos para a elaboração do enredo da escola. Não foi o que achou a carnavalesca Rosa Magalhães.

Após muitos dias de pesquisa, ela concluiu que Campos não tinha atrativos que sustentassem um enredo digno de desfilar na Marquês de Sapucaí, e decidiu contar a história dos índios que teriam sido os primeiros habitantes da cidade.

Nada de petróleo, de chuvisco (doce típico da região ), nem de cana-de-açúcar, tema do enredo do ano passado. A Imperatriz vai falar de índio, de Peri (que segundo a escola, na verdade era um goitacá, e não um guarani) e Ceci e de músicos como Villa-Lobos, Gil e Caetano.

"Eu tinha que fazer o enredo, não tinha? E não tinha cabimento falar de docinho nem de petróleo. Sobrava a cana-de-açúcar, mas já tinha sido o enredo do ano passado. O jeito que encontrei foi contar a história dos índios, e acho que ficou muito bom", argumentou Rosa.

Questionada sobre o que o prefeito, que vai desfilar num dos carros alegóricos ao lado da mulher, Ilsan Vianna, achou, ela se limitou a dizer que "ele não reclamou".

Procurado por telefone pela Folha, Arnaldo Vianna estava no Espírito Santo e, até o fechamento desta edição, não havia retornado as ligações.

Leia mais:
  •   veja site especial sobre o Carnaval
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página