Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/02/2002 - 19h23

Inquérito sobre morte de promotor de MG aponta três por homicídio

Publicidade

da Agência Folha

A Polícia Civil de Minas Gerais encerrou nesta quinta-feira o inquérito que apurou a morte do promotor de Justiça Francisco José Lins do Rego Santos _assassinado a tiros no último dia 25 na zona sul de Belo Horizonte_ e envia amanhã ao Ministério Público o indiciamento de três pessoas por homicídio qualificado.

Luciano Farah Nascimento, 29, um dos donos da rede de combustíveis West, o soldado PM Édson Souza Nogueira Paula, que trabalhava como segurança na rede, e o funcionário da West Geraldo Roberto Barreiras, todos presos, foram indiciados.

O empresário é acusado de ser o mandante do crime _o promotor investigava a West devido à venda de gasolina adulterada_ e de pilotar a motocicleta usada no assassinato. O PM confessou estar na garupa da moto e ter disparado os tiros que mataram o promotor. Já o funcionário foi responsável em levantar locais, horários e costumes da vida de Lins do Rego.

De acordo com o delegado Wágner Pinto Souza, que presidiu o inquérito, o homicídio é "qualificado" por ter sido premeditado, encomendado com promessa de pagamento e ter sido praticado por motivo torpe. A pena, em caso de condenação, vai de 12 a 30 anos.

O empresário chegou a confessar o crime informalmente a um grupo de delegados, mas, depois de trocar de advogado, estaria se recusando a assinar a confissão formal.

Para a Polícia Civil, porém, essa confissão não é necessária, devido à confissão do PM e do funcionário da West, ao fato de haver fortes provas de que a moto do empresário foi a utilizada no crime, além de outros pontos, tais como um grampo telefônico de uma conversa entre Farah e o PM em que o empresário teria ordenado ao soldado que se livrasse da arma utilizada no assassinato.

De acordo com o delegado, o motivo do crime foi vingança, já que os cinco postos da rede foram interditados no ano passado (quatro voltaram a funcionar um mês depois) devido ao trabalho do promotor. Lins do Rego teria sido escolhido entre membros do Ministério Público que também estariam sendo vigiados pelo empresário.

O advogado de defesa de Farah, Antônio Carneiro da Silva, diz que o empresário é inocente e nega que ele tenha confessado o crime.

Em decorrência do caso, o Ministério Público de Minas anunciou que se reunirá nos próximos dias com promotores de São Paulo e do Rio de Janeiro para traçar uma ação conjunta de combate à máfia dos combustíveis nos três estados.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página