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Polícia investiga hipótese de assassinato de vereador ter sido encomendado no Rio
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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
O delegado da 16ª Delegacia de Polícia, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), Carlos Augusto Nogueira Pinto, disse nesta terça-feira que tudo leva a crer o assassinato do vereador Alberto Salles (PSC) foi encomendado. Ele vai ouvir duas testemunhas que estavam próximas ao carro do vereador, além do motorista baleado. O delegado solicitou imagens de câmeras próximas ao local. O corpo de Salles será velado a partir das 20h na Câmara dos Vereadores.
O vereador foi assassinado na manhã de hoje com três tiros na cabeça, na avenida Ayrton Senna, uma das principais vias da Barra da Tijuca.
Salles estava no carro oficial da Câmara, dirigido por José Natalino da Silva. O motorista levou um tiro no tórax. A bala se alojou no ombro e o motorista já teve alta do hospital Lourenço Jorge.
A PF (Polícia Federal) informou que não recebeu qualquer pedido de escolta por parte de Salles. Segundo a PF, a segurança de vereadores é atribuição da secretaria de Segurança Pública, e só poderia ser feita por agentes da instituição mediante um pedido especial de alguma autoridade federal.
Salles havia dito que pedira proteção à PF em agosto, depois que um de seus assessores foi baleado na via Dutra. Marcelo Silva, que também é segurança de Salles, saía de um dos centros sociais que o vereador mantinha na Pavuna, quando foi atacado por dois homens que passaram em uma moto.
Uma semana antes do atentado contra o assessor, Salles havia denunciado ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que traficantes da comunidade do Mundial, em Honório Gurgel (zona norte), tentavam extorquir dinheiro. Segundo o vereador, os traficantes pediram um fuzil em troca de liberação para que Salles fizesse campanha na região.
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