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12/07/2000
-
19h35
FABIANE LEITE
LARISSA SQUEFF
SILVIA FREIRE,
repórteres da Folha Online
Vereadores paulistanos acreditam que o prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), possa ter conseguido "rachar" a bancada de oposição a ele na Câmara Municipal.
A oposição conseguiu no máximo 22 votos favoráveis à cassação de Pitta na votação das 11 denúncias, apesar de oficialmente, até terça-feira (11) ter a garantia de que 25 parlamentares votariam contra o prefeito.
Eles assinaram um mandado de segurança que tentava na Justiça o direito dos vereadores declararem seu voto. A Justiça negou o pedido e a votação do impeachment de Pitta foi secreta de acordo com a Lei Orgânica do Município. Os vereadores também tinham declarado que votariam a favor do impeachment.
lém dos 20 parlamentares da oposição, assinaram o documento Bruno Feder (PTB), Salim Curiati e Domingos Dissei, ambos do PPB, Mohamad Mourad e Carmino Pepe, do PL, que fazem parte de partidos que historicamente dão apoio ao prefeito. Sobre estes cinco parlamentares é que recai, principalmente, a suspeita de que possam ter modificado o voto.
Os governistas conseguiram o mínimo de 30 votos contra a cassação de Pitta em cada uma das 11 denúncias apresentadas para cassar o prefeito.
"Foi muito acima do esperado. Foi uma surpresa. Alguém da oposição pode estar dando o troco. Tem muita gente descontente e ele se livraram do patrulhamento de alguns líderes", disse o vereador Miguel Colasuonno (PMDB), um dos membros da "tropa de choque" que defende o prefeito na Câmara.
O vereador Carmino Pepe, que nega ter mudado de oposição e votado contra o impeachment, também acredita que "alguém da oposição possa ter mudado de lado". "Quem votou branco e nulo favoreceu o prefeito. Onde ficou o furo? No bloco de oposição. Vai desconfiar de quem? Na oposição também tem alguns falsos brilhantes", disse Pepe.
Mourad também nega que tenha mudado o voto. "Tem pessoas que não fizeram o que deveriam. Não é o meu caso. Minha posição sempre foi favorável ao impeachment. Acabei até perdendo a liderança do partido por causa disto."
O vereador Bruno Feder não foi localizado. O vereador Domingos Dissei atribuiu ao pequeno número de votos da oposição à incoerência de alguns vereadores. "No discurso, todos concordam. A prática é sempre diferente", afirmou.
Dissei garantiu que seu voto no impeachment foi coerente com outras de suas decisões. Ele apontou que foi a favor da abertura da comissão do impeachment e assinou o mandado de segurança pelo voto aberto.
Na bancada de oposição a desconfiança de possível mudança de voto em favor do prefeito recai sobre o vereador Jorge Taba (PSB) e Mourad. Este último, apesar de já ter se rebelado com o prefeito, recebeu benefícios da prefeitura.
"Isto é farsa, eu até entrei com pedido de emenda pelo voto aberto. As pessoas estão querendo tirar uma casquinha. Consultem outros partidos da oposição", disse Taba sobre a acusação de que seria o traidor da oposição.
Segundo o vereador Roberto Trípoli (PSDB), um dos membros da bancada de oposição, a oposição teria os 25 votos garantidos, e não houve racha.
Qual a sua opinião sobre o relatório da comissão processante? Vote na enquete
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Vereadores acreditam que Pitta conseguiu "rachar" a oposição
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Vereadores paulistanos acreditam que o prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), possa ter conseguido "rachar" a bancada de oposição a ele na Câmara Municipal.
A oposição conseguiu no máximo 22 votos favoráveis à cassação de Pitta na votação das 11 denúncias, apesar de oficialmente, até terça-feira (11) ter a garantia de que 25 parlamentares votariam contra o prefeito.
Eles assinaram um mandado de segurança que tentava na Justiça o direito dos vereadores declararem seu voto. A Justiça negou o pedido e a votação do impeachment de Pitta foi secreta de acordo com a Lei Orgânica do Município. Os vereadores também tinham declarado que votariam a favor do impeachment.
lém dos 20 parlamentares da oposição, assinaram o documento Bruno Feder (PTB), Salim Curiati e Domingos Dissei, ambos do PPB, Mohamad Mourad e Carmino Pepe, do PL, que fazem parte de partidos que historicamente dão apoio ao prefeito. Sobre estes cinco parlamentares é que recai, principalmente, a suspeita de que possam ter modificado o voto.
Os governistas conseguiram o mínimo de 30 votos contra a cassação de Pitta em cada uma das 11 denúncias apresentadas para cassar o prefeito.
"Foi muito acima do esperado. Foi uma surpresa. Alguém da oposição pode estar dando o troco. Tem muita gente descontente e ele se livraram do patrulhamento de alguns líderes", disse o vereador Miguel Colasuonno (PMDB), um dos membros da "tropa de choque" que defende o prefeito na Câmara.
O vereador Carmino Pepe, que nega ter mudado de oposição e votado contra o impeachment, também acredita que "alguém da oposição possa ter mudado de lado". "Quem votou branco e nulo favoreceu o prefeito. Onde ficou o furo? No bloco de oposição. Vai desconfiar de quem? Na oposição também tem alguns falsos brilhantes", disse Pepe.
Mourad também nega que tenha mudado o voto. "Tem pessoas que não fizeram o que deveriam. Não é o meu caso. Minha posição sempre foi favorável ao impeachment. Acabei até perdendo a liderança do partido por causa disto."
O vereador Bruno Feder não foi localizado. O vereador Domingos Dissei atribuiu ao pequeno número de votos da oposição à incoerência de alguns vereadores. "No discurso, todos concordam. A prática é sempre diferente", afirmou.
Dissei garantiu que seu voto no impeachment foi coerente com outras de suas decisões. Ele apontou que foi a favor da abertura da comissão do impeachment e assinou o mandado de segurança pelo voto aberto.
Na bancada de oposição a desconfiança de possível mudança de voto em favor do prefeito recai sobre o vereador Jorge Taba (PSB) e Mourad. Este último, apesar de já ter se rebelado com o prefeito, recebeu benefícios da prefeitura.
"Isto é farsa, eu até entrei com pedido de emenda pelo voto aberto. As pessoas estão querendo tirar uma casquinha. Consultem outros partidos da oposição", disse Taba sobre a acusação de que seria o traidor da oposição.
Segundo o vereador Roberto Trípoli (PSDB), um dos membros da bancada de oposição, a oposição teria os 25 votos garantidos, e não houve racha.
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