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19/02/2002 - 14h28

Um dos fundadores do PCC é assassinado no interior de SP

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LÍVIA MARRA
CRISTIANE MARSOLA
da Folha Online
da Agência Folha

O preso Misael Aparecido da Silva, 41, um dos fundadores do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi assassinado hoje na Penitenciária Presidente Venceslau 2, no interior de São Paulo.

Segundo funcionários da penitenciária, ele foi surpreendido por outros detentos durante o banho de sol, pela manhã, e espancado até a morte. Os presos utilizaram um escovão de limpeza para agredir Silva.

Cinco detentos foram identificados como agressores. Suspeita-se de que eles também sejam integrantes do PCC [facção criminosa que atua nos presídios de São Paulo].

Uma sindicância foi aberta para investigar o crime. Os motivos do "acerto de contas" ainda não foram divulgados.

Silva havia sido transferido para Presidente Venceslau em dezembro. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, ele já havia passado por vários presídios da capital e do interior. Sua pena era de 243 anos, por diversos crimes.

Silva é um dos fundadores do PCC, ao lado de José Márcio Felício, o
Geleião, e César Augusto Roris da Silva, o Cesinha.

Promotoria
O promotor de execuções penais Mário Coimbra, do Ministério Público de Presidente Prudente, disse que o crime pode ter sido motivado por disputa de poder dentro da facção.

"Desconfio que tenha sido briga por liderança dentro da organização, em decorrência das mortes de ontem [quando vários presos foram mortos em presídios do Estado]", afirmou o promotor, que amanhã deve ir até a cidade.

Mortes
Desde domingo 18 presos morreram em cadeias e presídios de São Paulo. Ontem fez um ano que o PCC organizou uma megarrebelião no Estado.

Não há informação de que todos os crimes tenham ocorrido por causa do PCC, mas a maioria dos mortos seria rival da facção e teria morrido em briga contra seus integrantes.

As mortes ocorreram em Assis (3), Ribeirão Preto (2), Presidente Bernardes (1), São Vicente (1), Hortolândia (3) e Sorocaba (3), segundo a secretaria dos presídios, e em Pinheiros (2), Praia Grande (1) e Jundiaí (1), segundo a Secretaria da Segurança.

As duas rebeliões registradas ontem, no CDP 2 do Belém, zona leste, e no Cadeião de Pinheiros, zona oeste, também foram organizadas pelo PCC.

Entre as exigências da facção está o retorno a São Paulo de cinco de seus líderes. O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, disse que os detentos podem voltar para São Paulo caso seja feita uma solicitação pelo Ministério da Justiça.

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