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05/11/2008 - 21h40

Governo avalia repassar à iniciativa privada custos de ampliação de Congonhas

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O governo federal estuda repassar à iniciativa privada os custos das obras de ampliação do aeroporto de Congonhas para estender as pistas no sentido Jabaquara (zona sul de São Paulo) em aproximadamente 1.100 metros. Segundo o prefeito Gilberto Kassab (DEM), a idéia do governo é ceder às empresas a área localizada sob o prolongamento das pistas, onde seria construído uma espécie de shopping --o que isentaria o governo federal, estadual e a prefeitura de custos com as obras.

"Possivelmente não terá custos por causa da concessão da área que estará embaixo do prolongamento da pista. Caberá à iniciativa privada absorver esses custos. Não haverá custos nem para a prefeitura nem para o governo do Estado nem para o governo federal", disse Kassab.

O prefeito afirmou que estuda oferecer à iniciativa privada a exploração de estacionamentos adicionais e lojas no novo espaço. "Por ser aeroporto muito valorizado pela movimentação é evidente que será negócio muito disputado. Mas o importante é que os vôos que existam hoje tenham mais segurança", afirmou.

Além da ampliação das pistas, o governo do Estado e a prefeitura terão que arcar com custos estimados em R$ 400 milhões com a desapropriação de moradores que vivem na área onde a pista será prolongada. Kassab disse que não há resistências dos moradores porque "ninguém quer morar do lado do aeroporto".

O prefeito e o governador José Serra afirmam que, apesar da ampliação das pistas, não haverá aumento no fluxo de passageiros no aeroporto de Congonhas. "Mil metros não é para aumentar o movimento do aeroporto, é para melhorar segurança. Todo o investimento será na segurança, não na ampliação do volume de passageiros cujo limite já está fixado", disse Serra.

Negociação

O governador e o prefeito se reuniram nesta quarta-feira com o ministro Nelson Jobim (Defesa) para discutir a ampliação das pistas de Congonhas. Kassab afirmou que Jobim vai encaminhar projeto ao governo do Estado com os detalhes da proposta, que será viabilizada somente após estudos técnicos sobre o tema.

Jobim disse que o objetivo das obras é aumentar a segurança para os passageiros de Congonhas, sem aumento no número de vôos do terminal. "Congonhas hoje, para 2008, está previsto em torno de 14 milhões de passageiros. O limite de Congonhas é 15 milhões de passageiros. Nós vamos manter o teto de 15 milhões de passageiros. O aumento da pista otimiza segurança", afirmou Jobim.

O ministro negou que as obras tenham como objetivo garantir um terminal exclusivo para autoridades no aeroporto --mas admitiu que o espaço pode ser usado como estacionamento dessas aeronaves. "Ninguém está falando em terminal exclusivo. Ë o pátio exclusivo de autoridades, que seria ao lado do terminal de autoridades de Congonhas. Seria uma laje naquele local para colocar os aviões de autoridades", disse.

No encontro, Kassab também conversou com Jobim sobre mudanças no fluxo aéreo no Campo de Marte (SP). O prefeito defende a transferência de operações do terminal para outros aeroportos, o que possibilitaria a construção de um parque e uma arena de shows no local. Mas garante que não haverá transferência dos serviços de vôos oferecidos no Campo de Marte.

"A prefeitura se compromete a examinar a transferência desses serviços para outras áreas como o Hospital, a Oficina de Serviços, e com isso liberar parte expressiva do Campo de Marte para a ampliação do Anhembi e construção de um parque para a cidade de São Paulo que já foi a sua idéia desenvolvida quando o prefeito José Serra tinha assumido a prefeitura, há quase quatro anos atrás, e também para a construção de uma arena multiuso para shows", disse Kassab.

 

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