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21/02/2002
-
06h11
da Folha de S.Paulo
O Estado de São Paulo quer negociar com o governo federal um aumento da verba para ações de vigilância epidemiológica.
Segundo o diretor do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) paulista, José Cássio de Moraes, que esteve anteontem reunido em Brasília com seus colegas de outros Estados, a reivindicação é igual à de outros locais em que a dengue é um problema.
São Paulo recebe anualmente R$ 81 milhões para essas ações, além de verba para campanhas, veículos e outros convênios.
Segundo Moraes, o temor é que os municípios invistam grande parte de seus orçamentos em dengue agora, em razão do risco de uma epidemia, e não tenham recursos para a continuidade do trabalho e para ações contra outras doenças, como meningite. Em alguns, já falta dinheiro hoje.
As dificuldades, afirma Moraes, podem ocorrer no setor de recursos humanos, que faz a orientação sobre prevenção e busca ativa de casos. "É preciso que os municípios sejam reembolsados."
O diretor disse que os Estados aguardam dados dos municípios para chegar aos valores necessários. Ele ainda não tem estimativa para São Paulo. O pedido de mais recursos foi repassado aos secretários estaduais da Saúde, que levarão o pedido ao ministério.
A assessoria de imprensa da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), procurada só no fim da tarde de ontem, disse que não havia ninguém para falar sobre o tema.
Até a semana passada, o Estado computava 1.123 casos notificados de dengue contraídos em São Paulo. Nesta semana, foi confirmada uma morte por dengue hemorrágica contraída em Cordeirópolis, cidade do noroeste do Estado. A vítima foi infectada pelo vírus do tipo 3 da doença, que não existia em São Paulo. A entrada de um novo vírus aumenta o risco de casos de dengue hemorrágica.
A maioria dos 645 municípios paulistas -485- já estão infestados pelo mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti.
Balanço da Secretaria Municipal da Saúde aponta que, na capital paulista, o número de focos do mosquito em janeiro cresceu 388% em relação às estatísticas do mesmo mês de 2001.
A cidade de São Paulo confirmou ontem o décimo caso contraído na cidade, na Vila Guilherme, zona norte -a que concentra a maior parte das vítimas. A pessoa contaminada passa bem.
(FABIANE LEITE)
São Paulo quer negociar mais recursos contra dengue
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O Estado de São Paulo quer negociar com o governo federal um aumento da verba para ações de vigilância epidemiológica.
Segundo o diretor do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) paulista, José Cássio de Moraes, que esteve anteontem reunido em Brasília com seus colegas de outros Estados, a reivindicação é igual à de outros locais em que a dengue é um problema.
São Paulo recebe anualmente R$ 81 milhões para essas ações, além de verba para campanhas, veículos e outros convênios.
Segundo Moraes, o temor é que os municípios invistam grande parte de seus orçamentos em dengue agora, em razão do risco de uma epidemia, e não tenham recursos para a continuidade do trabalho e para ações contra outras doenças, como meningite. Em alguns, já falta dinheiro hoje.
As dificuldades, afirma Moraes, podem ocorrer no setor de recursos humanos, que faz a orientação sobre prevenção e busca ativa de casos. "É preciso que os municípios sejam reembolsados."
O diretor disse que os Estados aguardam dados dos municípios para chegar aos valores necessários. Ele ainda não tem estimativa para São Paulo. O pedido de mais recursos foi repassado aos secretários estaduais da Saúde, que levarão o pedido ao ministério.
A assessoria de imprensa da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), procurada só no fim da tarde de ontem, disse que não havia ninguém para falar sobre o tema.
Até a semana passada, o Estado computava 1.123 casos notificados de dengue contraídos em São Paulo. Nesta semana, foi confirmada uma morte por dengue hemorrágica contraída em Cordeirópolis, cidade do noroeste do Estado. A vítima foi infectada pelo vírus do tipo 3 da doença, que não existia em São Paulo. A entrada de um novo vírus aumenta o risco de casos de dengue hemorrágica.
A maioria dos 645 municípios paulistas -485- já estão infestados pelo mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti.
Balanço da Secretaria Municipal da Saúde aponta que, na capital paulista, o número de focos do mosquito em janeiro cresceu 388% em relação às estatísticas do mesmo mês de 2001.
A cidade de São Paulo confirmou ontem o décimo caso contraído na cidade, na Vila Guilherme, zona norte -a que concentra a maior parte das vítimas. A pessoa contaminada passa bem.
(FABIANE LEITE)
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