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13/07/2000
-
13h12
FABIANE LEITE, repórter da Folha Online
A jornalista Roseli Forganes será ouvida na tarde desta quinta-feira (13) por promotores do Ministério Público Estadual de São Paulo. Alberto Oliveira Andrade Neto, procurador do setor de crimes de prefeitos, e Fernando Capez, da Promotoria de Justiça da Cidadania, esperam obter novas provas sobre viagem sob suspeita de irregularidades do prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), à França, em 1998.
A viagem do prefeito teria sido paga pela Vega, o que seria irregular, já que a empresa tem contratos com a Prefeitura de São Paulo.
O Ministério Público tentou pedir recentemente o afastamento de Pitta da prefeitura com base na denúncia sobre a viagem, mas a requisição foi negada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A investigação do Ministério Público sobre a viagem foi aberta em 1999 mas foi arquivada. As apurações foram reabertas em março deste ano depois que a ex-primeira-dama de São Paulo, Nicéa Pitta, prestou depoimento à Câmara Municipal confirmando que a Vega teria financiado o "tour" do casal à França em 98.
Nicéa disse que, quando a imprensa descobriu que a Vega estava financiando a viagem, Pitta resolveu pagar as despesas. Ele teria solicitado ao gerente do hotel em que estava em Paris para rasgar fatura que já estava paga.
Fax
Roseli, que é correspondente da Rádio Eldorado em Paris, investigou a viagem do prefeito em 1998. Assessores do prefeito enviaram a ela dois faxes, tentando comprovar que a viagem não havia sido financiada pela Vega, mas que Pitta tinha sido convidado por duas entidades. Um deles, era de um time de futebol da França. O outro, um convite de uma entidade ecológica.
A jornalista verificou, no entanto, que tanto o time de futebol como a entidade ecológica tinham ligações com a Vega. Roseli foi à Câmara Municipal nesta quarta-feira, durante o julgamento do impeachment de Pitta. Vereadores da oposição tentaram, sem sucesso, que ela prestasse um depoimento. Uma das onze denúncias que embasaram o pedido de afastamento do prefeito era sobre a viagem.
Os parlamentares da oposição disseram que Roseli não prestou depoimento antes porque isto foi vetado pelos vereadores governistas. Estes, por sua vez, disseram que o depoimento não ocorreu porque atrasaria os trabalhos da comissão da Câmara que analisou o impeachment.
Na opinião da vereadora Ana Maria Quadros (PSDB), que foi presidente da comissão, a ausência do depoimento de Roseli prejudicou o esclarecimento da denúncia sobre a viagem à França.
O prefeito garante que pagou todas as despesas de seu bolso, e apresentou a fatura de um cartão de crédito, que apontava gastos de R$ 8 mil com o "tour". O relator da comissão, Alan Lopes (PTB), incluiu a denúncia da viagem em seu parecer porque a despesa foi maior do que os rendimentos do prefeito, que são de R$ 6 mil - Pitta está com seus bens bloqueados.
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Promotores buscam novas provas sobre viagem sob suspeita de Pitta
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A jornalista Roseli Forganes será ouvida na tarde desta quinta-feira (13) por promotores do Ministério Público Estadual de São Paulo. Alberto Oliveira Andrade Neto, procurador do setor de crimes de prefeitos, e Fernando Capez, da Promotoria de Justiça da Cidadania, esperam obter novas provas sobre viagem sob suspeita de irregularidades do prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), à França, em 1998.
A viagem do prefeito teria sido paga pela Vega, o que seria irregular, já que a empresa tem contratos com a Prefeitura de São Paulo.
O Ministério Público tentou pedir recentemente o afastamento de Pitta da prefeitura com base na denúncia sobre a viagem, mas a requisição foi negada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A investigação do Ministério Público sobre a viagem foi aberta em 1999 mas foi arquivada. As apurações foram reabertas em março deste ano depois que a ex-primeira-dama de São Paulo, Nicéa Pitta, prestou depoimento à Câmara Municipal confirmando que a Vega teria financiado o "tour" do casal à França em 98.
Nicéa disse que, quando a imprensa descobriu que a Vega estava financiando a viagem, Pitta resolveu pagar as despesas. Ele teria solicitado ao gerente do hotel em que estava em Paris para rasgar fatura que já estava paga.
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Roseli, que é correspondente da Rádio Eldorado em Paris, investigou a viagem do prefeito em 1998. Assessores do prefeito enviaram a ela dois faxes, tentando comprovar que a viagem não havia sido financiada pela Vega, mas que Pitta tinha sido convidado por duas entidades. Um deles, era de um time de futebol da França. O outro, um convite de uma entidade ecológica.
A jornalista verificou, no entanto, que tanto o time de futebol como a entidade ecológica tinham ligações com a Vega. Roseli foi à Câmara Municipal nesta quarta-feira, durante o julgamento do impeachment de Pitta. Vereadores da oposição tentaram, sem sucesso, que ela prestasse um depoimento. Uma das onze denúncias que embasaram o pedido de afastamento do prefeito era sobre a viagem.
Os parlamentares da oposição disseram que Roseli não prestou depoimento antes porque isto foi vetado pelos vereadores governistas. Estes, por sua vez, disseram que o depoimento não ocorreu porque atrasaria os trabalhos da comissão da Câmara que analisou o impeachment.
Na opinião da vereadora Ana Maria Quadros (PSDB), que foi presidente da comissão, a ausência do depoimento de Roseli prejudicou o esclarecimento da denúncia sobre a viagem à França.
O prefeito garante que pagou todas as despesas de seu bolso, e apresentou a fatura de um cartão de crédito, que apontava gastos de R$ 8 mil com o "tour". O relator da comissão, Alan Lopes (PTB), incluiu a denúncia da viagem em seu parecer porque a despesa foi maior do que os rendimentos do prefeito, que são de R$ 6 mil - Pitta está com seus bens bloqueados.
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