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27/02/2002 - 18h10

Advogado acusado de ineficiência diz que continua defendendo skinhead

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da Folha Online

O advogado Aloísio Sebastião de Lima, acusado de ineficiência pelo juiz Luís Fernando Camargo Vidal, disse que vai continuar defendendo sua cliente, Regina Saran, acusada de integrar o grupo de skinheads que espancou até a morte o adestrador de cães Edson Neris da Silva, em fevereiro de 2000, no centro de São Paulo.

O julgamento de Regina e Roberto Fernando Gros Dias foi suspenso na madrugada de ontem, depois de mais de 13 horas de trabalhos.

O conselho de sentença foi dissolvido por "ineficiência da defesa da ré".

Lima disse à Folha Online que a família da ré pediu para que ele continue no caso. Lima defende Regina há cerca de um ano e meio.

O julgamento foi suspenso porque o advogado não teria feito nenhuma defesa de uma das acusações, a tentativa de homicídio contra Dario Pereira Netto, que estava com o adestrador na ocasião do crime.
Segundo Lima, a defesa contra a tentativa de homicídio havia sido deixada para o final, por uma estratégia da defesa.

"Não entendi até agora porque o juiz suspendeu a plenária. Já tinha dito que a Regina não matou ninguém, não agrediu ninguém e deixei a questão da tentativa de homicídio para a tréplica, mas o julgamento foi interrompido antes", afirmou.

Lima, que atua como advogado desde 1988 e já participou de 43 júris, disse que lamenta a repercussão do caso, mas afirma que está com a consciência tranquila.

"Se o julgamento tivesse chegado ao fim, tenho certeza de que minha cliente teria sido absolvida. Desafio qualquer um que me chame de incompetente", afirmou.

Ética
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) deverá apurar o caso, porém ainda não foi notificada.

Segundo a assessoria, o caso pode ser levado para o tribunal de ética da entidade.

Regina e o outro réu irão a plenário no dia 26 de março, com Davi Alves dos Santos e Wanderlei Cardoso de Sá, outros envolvidos no caso.

Morte
O adestrador Edson Neris da Silva foi espancado até a morte em fevereiro de 2000 na praça da República, centro de São Paulo, por um grupo de skinheads. Dezoito pessoas foram detidas. Deste total, dois foram condenados, um foi absolvido e outros respondem a processo até hoje.

Acusados disseram à polícia que o ataque ocorreu porque Silva "parecia ser homossexual".

 

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