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13/07/2000
-
17h09
FABIANE LEITE, repórter da Folha Online
O julgamento do coronel da Polícia Militar de São Paulo Ubiratan Guimarães, acusado de comandar a operação da polícia que terminou com a morte de 111 presos no Carandiru, em outubro de 1992, foi adiado para setembro.
O julgamento estava marcado, desde abril, para o dia 18 de julho.
Segundo o assessor de direitos humanos do Ministério Publico Estadual de São Paulo, promotor Carlos Cardoso, o julgamento foi adiado por causa de um pedido do advogado de Guimarães, Vicente Cascione.
Para pedir o adiamento, o advogado teria alegado que está com um problema de saúde. Ele também disse que necessitava de mais tempo para analisar novos documentos que teriam sido apresentados pelo Ministério Público.
A decisão de adiamento foi do juiz Nilson Xavier de Souza, do 2º Tribunal do Júri.
No entanto, Cardoso acredita que dificilmente o julgamento ocorrerá em setembro. Isso porque o advogado Vicente Cascione é candidato a prefeito de Santos, no litoral paulista, e deverá estar ocupado com as eleições. "Não tenho dúvida que o julgamento não vá se realizar em setembro", afirmou Cardoso.
De acordo com Cardoso, atribui-se ao coronel a ordem para que policiais militares invadissem a prisão. A pena mínima para homicídio doloso é de 12 anos e a máxima de 30 anos, mas, segundo o promotor, este período de reclusão pode ser multiplicado pelo número de vítimas. "Isso depende do juiz", afirmou.
Segundo Cardoso, o massacre era absolutamente evitável. "Os presos estavam se desfazendo de armas e muitos já estavam despidos."
O coronel deverá ser julgado em júri popular, composto por 7 pessoas que serão sorteadas.
O promotor destacou que o coronel Guimarães foi candidato a deputado estadual em 1994 e 1998 e que nessas duas oportunidades, a centena 111 aparecia em seu número de candidatura. "Esta é uma clara demonstração de que ele fez marketing em cima do número de mortes."
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Julgamento de acusado de comandar o massacre do Carandiru é adiado
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O julgamento do coronel da Polícia Militar de São Paulo Ubiratan Guimarães, acusado de comandar a operação da polícia que terminou com a morte de 111 presos no Carandiru, em outubro de 1992, foi adiado para setembro.
O julgamento estava marcado, desde abril, para o dia 18 de julho.
Segundo o assessor de direitos humanos do Ministério Publico Estadual de São Paulo, promotor Carlos Cardoso, o julgamento foi adiado por causa de um pedido do advogado de Guimarães, Vicente Cascione.
Para pedir o adiamento, o advogado teria alegado que está com um problema de saúde. Ele também disse que necessitava de mais tempo para analisar novos documentos que teriam sido apresentados pelo Ministério Público.
A decisão de adiamento foi do juiz Nilson Xavier de Souza, do 2º Tribunal do Júri.
No entanto, Cardoso acredita que dificilmente o julgamento ocorrerá em setembro. Isso porque o advogado Vicente Cascione é candidato a prefeito de Santos, no litoral paulista, e deverá estar ocupado com as eleições. "Não tenho dúvida que o julgamento não vá se realizar em setembro", afirmou Cardoso.
De acordo com Cardoso, atribui-se ao coronel a ordem para que policiais militares invadissem a prisão. A pena mínima para homicídio doloso é de 12 anos e a máxima de 30 anos, mas, segundo o promotor, este período de reclusão pode ser multiplicado pelo número de vítimas. "Isso depende do juiz", afirmou.
Segundo Cardoso, o massacre era absolutamente evitável. "Os presos estavam se desfazendo de armas e muitos já estavam despidos."
O coronel deverá ser julgado em júri popular, composto por 7 pessoas que serão sorteadas.
O promotor destacou que o coronel Guimarães foi candidato a deputado estadual em 1994 e 1998 e que nessas duas oportunidades, a centena 111 aparecia em seu número de candidatura. "Esta é uma clara demonstração de que ele fez marketing em cima do número de mortes."
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