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13/07/2000
-
19h08
FABIANE LEITE, repórter da Folha Online
O Ministério Público Estadual de São Paulo vai pedir que seja reaberto inquérito policial sobre a viagem realizada pelo prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), à França em 1998. A viagem teria sido patrocinada pela empresa de limpeza Vega, que tem contratos com a prefeitura.
O "patrocínio" da Vega seria ilegal.
Pitta voltará a ser investigado por suspeita de ter cometido crime de corrupção passiva. Isto é, ter recebido um benefício e, em troca, ter favorecido a empresa por meio da prefeitura.
O prefeito já é suspeito de ter cometido o crime de corrupção ativa. Ele é acusado de "comprar" votos de vereadores contra um pedido de seu afastamento e está sendo investigado pela polícia.
O inquérito sobre a viagem foi arquivado porque Pitta apresentou provas de que teria pago a viagem do próprio bolso. O procurador do setor de crimes de prefeitos do Ministério Público, Alberto Oliveira Andrade Neto, pediu que a investigação policial fosse reaberta porque recebeu novas informações que comprometeriam as provas apresentadas pelo prefeito.
A jornalista Rosely Forganes, correspondente da rádio Eldorado em Paris, depôs nesta tarde ao procurador. Ela investigou a viagem de Pitta.
Rosely trouxe faxes que ajudariam a comprovar que a viagem foi patrocinada pela Vega. Ela apresentou também duas fitas. A primeira é de uma entrevista gravada com o gerente do hotel em que Pitta esteve. O gerente disse que Pitta pagou uma fatura do hotel que já estava quitada.
A outra fita é de depoimento da ex-primeira-dama de São Paulo Nicéa Pitta que também confirmou que a viagem foi patrocinada pela Vega.
Já havia sido reaberta uma investigação civil sobre o caso, a cargo da Promotoria de Justiça da Cidadania. A promotoria entrou com pedido de liminar na Justiça para afastar Pitta com base na denúncia da viagem recentemente, mas a requisição foi negada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Segundo o procurador, o gerente do hotel em Paris poderá ser ouvido por meio de uma carta rogatória. Este instrumento permitiria que autoridades francesas falassem com o gerente e transmitissem o depoimento às autoridades brasileiras.
A denúncia da viagem à França foi uma das 11 analisadas em plenário na última quarta-feira pela Câmara Municipal durante o julgamento do impeachment do prefeito. Pitta foi absolvido nesta acusação por 30 votos contra 22. Três vereadores votaram em branco.
Que nota você dá para a Câmara após a absolvição de Pitta? Vote na enquete
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Procurador pede reabertura de inquérito policial sobre viagem de Pitta à França
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O Ministério Público Estadual de São Paulo vai pedir que seja reaberto inquérito policial sobre a viagem realizada pelo prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), à França em 1998. A viagem teria sido patrocinada pela empresa de limpeza Vega, que tem contratos com a prefeitura.
O "patrocínio" da Vega seria ilegal.
Pitta voltará a ser investigado por suspeita de ter cometido crime de corrupção passiva. Isto é, ter recebido um benefício e, em troca, ter favorecido a empresa por meio da prefeitura.
O prefeito já é suspeito de ter cometido o crime de corrupção ativa. Ele é acusado de "comprar" votos de vereadores contra um pedido de seu afastamento e está sendo investigado pela polícia.
O inquérito sobre a viagem foi arquivado porque Pitta apresentou provas de que teria pago a viagem do próprio bolso. O procurador do setor de crimes de prefeitos do Ministério Público, Alberto Oliveira Andrade Neto, pediu que a investigação policial fosse reaberta porque recebeu novas informações que comprometeriam as provas apresentadas pelo prefeito.
A jornalista Rosely Forganes, correspondente da rádio Eldorado em Paris, depôs nesta tarde ao procurador. Ela investigou a viagem de Pitta.
Rosely trouxe faxes que ajudariam a comprovar que a viagem foi patrocinada pela Vega. Ela apresentou também duas fitas. A primeira é de uma entrevista gravada com o gerente do hotel em que Pitta esteve. O gerente disse que Pitta pagou uma fatura do hotel que já estava quitada.
A outra fita é de depoimento da ex-primeira-dama de São Paulo Nicéa Pitta que também confirmou que a viagem foi patrocinada pela Vega.
Já havia sido reaberta uma investigação civil sobre o caso, a cargo da Promotoria de Justiça da Cidadania. A promotoria entrou com pedido de liminar na Justiça para afastar Pitta com base na denúncia da viagem recentemente, mas a requisição foi negada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Segundo o procurador, o gerente do hotel em Paris poderá ser ouvido por meio de uma carta rogatória. Este instrumento permitiria que autoridades francesas falassem com o gerente e transmitissem o depoimento às autoridades brasileiras.
A denúncia da viagem à França foi uma das 11 analisadas em plenário na última quarta-feira pela Câmara Municipal durante o julgamento do impeachment do prefeito. Pitta foi absolvido nesta acusação por 30 votos contra 22. Três vereadores votaram em branco.
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