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08/03/2002
-
18h34
LÍVIA MARRA
da Folha Online
A Polícia Civil de São Paulo chegou a uma carga roubada contendo 230 mil munições após investigações envolvendo uma quadrilha de sequestradores. A apreensão é a maior do ano e a maior já realizada nos últimos tempos, segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo.
A carga, pesando mais de duas toneladas, está avaliada em cerca de R$ 215 mil e foi encontrada em um caminhão roubado e estacionado em um posto de gasolina de Aguaí (206 km a norte de SP). A apreensão ocorreu no final da noite de ontem.
"São 230 mil tiros que tiramos das mãos dos criminosos", disse o diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt.
A carga, da empresa CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), havia sido roubada em 11 de dezembro, mesmo dia em que o publicitário Washington Olivetto foi sequestrado. Segundo Wagner Giudice, da Delegacia Anti-Sequestro, "90% da carga roubada foi recuperada".
A polícia acredita que as munições seriam comercializadas entre criminosos. No entanto, a quadrilha teria encontrado dificuldade para efetuar a transação.
"É muita munição para uma quadrilha", disse Giudice. "Ela [munição] foi roubada em dezembro e ficou praticamente três meses praticamente intacta. Eles [criminosos] devem ter encontrado dificuldade para comercializar a carga", afirmou.
Uma das possibilidades é o fato de as munições apreendidas _de uso policial e comercial_ não serem as preferidas pelos criminosos. A carga apreendida serve para armas calibres 22, 24, 26, 38, 380, 36 e 12. "Não há munição para fuzil", disse Giudice.
Giudice disse ainda que a quadrilha responsável pelo roubo das munições pode ter ligação com o bando do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, preso no mês passado.
"Não posso afirmar, mas há suspeitas de que, de alguma forma, a carga pudesse chegar até a quadrilha".
Segundo Giudice, as suspeitas são anteriores à prisão do sequestrador. No entanto, o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo afirmou, em entrevista coletiva, que, por enquanto, "não vai identificar a quadrilha investigada".
Wagner Giuduce não vê ligação dos projéteis com o PCC (Primeiro Comando da Capital), como havia sido cogitado anteriormente, mas disse que "as possibilidades vão ser investigadas".
Roubo
A carga da CBC foi roubada no dia 11 de dezembro do ano passado, na rodovia Fernão Dias, região de Mairiporã, na Grande São Paulo. O veículo que transportava a carga já foi localizado. Segundo a polícia, 76 mil cápsulas eram destinadas à Secretaria da Segurança Pública de Minas Gerais.
O caminhão localizado ontem também era roubado. Segundo a polícia, o veículo foi interceptado no início da tarde e o motorista foi mantido refém por algumas horas.
"É uma carga perigosa. São 230 mil tiros. A apreensão vai possibilitar a sequência nas investigações", disse o delegado-geral da Polícia Civil.
Leia mais:
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da Folha Online
A Polícia Civil de São Paulo chegou a uma carga roubada contendo 230 mil munições após investigações envolvendo uma quadrilha de sequestradores. A apreensão é a maior do ano e a maior já realizada nos últimos tempos, segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo.
A carga, pesando mais de duas toneladas, está avaliada em cerca de R$ 215 mil e foi encontrada em um caminhão roubado e estacionado em um posto de gasolina de Aguaí (206 km a norte de SP). A apreensão ocorreu no final da noite de ontem.
"São 230 mil tiros que tiramos das mãos dos criminosos", disse o diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt.
A carga, da empresa CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), havia sido roubada em 11 de dezembro, mesmo dia em que o publicitário Washington Olivetto foi sequestrado. Segundo Wagner Giudice, da Delegacia Anti-Sequestro, "90% da carga roubada foi recuperada".
A polícia acredita que as munições seriam comercializadas entre criminosos. No entanto, a quadrilha teria encontrado dificuldade para efetuar a transação.
"É muita munição para uma quadrilha", disse Giudice. "Ela [munição] foi roubada em dezembro e ficou praticamente três meses praticamente intacta. Eles [criminosos] devem ter encontrado dificuldade para comercializar a carga", afirmou.
Uma das possibilidades é o fato de as munições apreendidas _de uso policial e comercial_ não serem as preferidas pelos criminosos. A carga apreendida serve para armas calibres 22, 24, 26, 38, 380, 36 e 12. "Não há munição para fuzil", disse Giudice.
Giudice disse ainda que a quadrilha responsável pelo roubo das munições pode ter ligação com o bando do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, preso no mês passado.
"Não posso afirmar, mas há suspeitas de que, de alguma forma, a carga pudesse chegar até a quadrilha".
Segundo Giudice, as suspeitas são anteriores à prisão do sequestrador. No entanto, o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo afirmou, em entrevista coletiva, que, por enquanto, "não vai identificar a quadrilha investigada".
Wagner Giuduce não vê ligação dos projéteis com o PCC (Primeiro Comando da Capital), como havia sido cogitado anteriormente, mas disse que "as possibilidades vão ser investigadas".
Roubo
A carga da CBC foi roubada no dia 11 de dezembro do ano passado, na rodovia Fernão Dias, região de Mairiporã, na Grande São Paulo. O veículo que transportava a carga já foi localizado. Segundo a polícia, 76 mil cápsulas eram destinadas à Secretaria da Segurança Pública de Minas Gerais.
O caminhão localizado ontem também era roubado. Segundo a polícia, o veículo foi interceptado no início da tarde e o motorista foi mantido refém por algumas horas.
"É uma carga perigosa. São 230 mil tiros. A apreensão vai possibilitar a sequência nas investigações", disse o delegado-geral da Polícia Civil.
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