20/03/2002 - 06h08

Governo assina protocolo para construção do Teatro do Alumínio

da Folha de S.Paulo

O governo do Estado e a Abal (Associação Brasileira do Alumínio) assinaram protocolo, ontem, que tira o projeto do Teatro do Alumínio da prancheta do arquiteto Ricardo Julião. Orçado em R$ 42 milhões, o centro cultural ocupará área de 40 mil m2 no Parque Villa-Lobos (zona oeste).

Segundo o presidente da Abal, João Beltran Martins, as obras devem começar neste ano. O teatro será público e terá eventos variados. Apenas parte do prédio será usada pela Abal. Segundo a secretaria da Cultura, o teatro principal deverá ser ocupado pela Orquestra Jazz Sinfônica do Estado.

A associação usará o prédio para divulgar o alumínio na construção civil. O material deverá será usado nas estruturas, no revestimento, no telhado e até nas cadeiras da platéia. O desenho do edifício, proposto por Julião, tem formas cilíndricas. "Referência às embalagens de alumínio, produto que mais utiliza o material", diz.

O centro cultural terá um teatro principal com palco de 270 m2, projetado, segundo Julião, para abrigar grandes produções. Na parte externa, foi projetada uma concha acústica com espaço para 20 mil pessoas. O governador Geraldo Alckmin afirmou que há a possibilidade de o Estado fazer um acesso direto ao parque, da estação de trem Jaguaré.

O Teatro do Alumínio faz referência ao espaço cultural homônimo que existiu no centro de São Paulo. Em 1950, a prefeitura doou um terreno, na praça das Bandeiras, para a Companhia Nicete Bruno e seus Comandantes. No local, o grupo apresentava espetáculos de teatro de revista na casa construída com teto metálico.