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01/04/2002 - 20h32

Lixão em São Vicente é desativado após 32 anos

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FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha

O cenário no qual adultos e crianças disputavam restos de comida na periferia de São Vicente (litoral sul de São Paulo) começou a desaparecer nesta segunda-feira, com a desativação, após 32 anos, do lixão do Sambaiatuba, um dos principais símbolos de degradação social e ambiental na Baixada Santista.

A suspensão dos depósitos interromperá o crescimento das montanhas de detritos, de até 20 metros de altura, alimentadas pelas 240 toneladas diárias do lixo doméstico produzido na cidade. Até o próximo ano, a prefeitura quer instalar um parque no local.

Escolhida por meio de licitação pública, a empresa Lara começou ontem a transportar o lixo recolhido na cidade, em carretas, para um aterro sanitário em Mauá, na Grande São Paulo.

Em uma área correspondente a 4% dos 47 mil metros quadrados do lixão, a prefeitura construiu um pátio no qual os cerca de 130 catadores, com botas e luvas, vão separar material reciclável, principal fonte de renda desses trabalhadores.

Como o pátio é cercado por muros e protegido por vigilantes, crianças não terão mais acesso à área onde o lixo será depositado para triagem, antes do transporte para o aterro.

O processo de retirada das crianças do lixão já havia se iniciado em março de 2000, após a criação do projeto Novo Rumo, que desde então oferece atividades educativas e de lazer em período integral aos filhos dos catadores de lixo.

Segundo o engenheiro Tércio Augusto Garcia Júnior, presidente da empresa municipal Codesavi (Companhia de Desenvolvimento de São Vicente), após a cobertura com terra e entulho das montanhas de detritos remanescentes, o local será transformado em um parque, que abrigará um viveiro de mudas, uma escola de educação ambiental e área de lazer.

A extinção do lixão custará cerca de R$ 800 mil mensais (R$ 0,11 por quilo de resíduos), valor que a prefeitura pagará à empresa contratada, responsável pela destinação final do lixo. Outros R$ 520 mil já foram aplicados na cobertura dos detritos e na construção do pátio de separação do lixo reciclável.
 

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